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Salmão corre duas vezes mais risco de acidificação em água doce e salgada, diz estudo

29 jun 2015 - 13h41
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O salmão presente no Oceano Pacífico corre duas vezes mais risco de sofrer com a acidificação ligada às emissões de gases de efeito estufa, que desacelera seu crescimento inicial nos rios e interrompe a química da água do mar, mostrou um estudo nesta segunda-feira.

Milhares de salmões-rosa nadam em Valdez, no Alaska. 08/08/2008
Milhares de salmões-rosa nadam em Valdez, no Alaska. 08/08/2008
Foto: Lucas Jackson / Reuters

No passado, estes impactos foram mais estudados nos mares do que na água doce. Mas o estudo canadense revelou que a acidificação dos rios pode tornar o salmão-rosa jovem, a espécie mais abundante no Pacífico, menor e mais vulnerável a predadores por reduzir sua capacidade de farejar o perigo.

O dano causado pela acidificação “em água doce no salmão-rosa pode ocorrer em todos os salmonídeos”, disse Colin Brauner, co-autor da Universidade da Columbia Britânica, à Reuters. As descobertas foram publicadas no periódico Nature Climate Change.

Resultante da queima de combustíveis fósseis, o dióxido de carbono é o principal gás causador do efeito estufa e reage com a água para produzir um ácido fraco. Isso, em especial, ameaça criaturas que vão das ostras às lagostas, que têm maior dificuldade para construir cascas protetoras.

Um estudo internacional de 2013 afirmou que a acidificação dos oceanos está acontecendo no ritmo mais acelerado dos últimos 55 milhões de anos por causa das emissões de gases de efeito estufa originadas pela ação humana.

Os cientistas dizem não estar claro como as futuras gerações de salmão, e de outras formas de vida marinha, poderão se adaptar ou evoluir para lidar com os aumentos crescentes do dióxido de carbono. 

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