Sanções dos EUA visam interromper financiamento do Hamas, diz Departamento do Tesouro dos EUA
Os Estados Unidos emitiram sanções nesta quarta-feira com o objetivo de interromper o financiamento do grupo militante Hamas após seu ataque mortal a Israel, destacando pessoas envolvidas em seu portfólio de investimentos e uma bolsa de criptomoedas com sede em Gaza, entre outros alvos.
Anunciadas enquanto o presidente norte-americano, Joe Biden, visita Israel numa demonstração de apoio, as sanções visaram nove indivíduos e uma entidade em Gaza, no Sudão, Turquia, Argélia e Catar, disse o Departamento do Tesouro em um comunicado.
A medida veio após o violento ataque do Hamas em 7 de outubro, que matou 1.400 pessoas em Israel. Mais de 3.000 palestinos foram mortos em bombardeios de retaliação, dizem as autoridades de saúde de Gaza.
"Os Estados Unidos estão tomando medidas rápidas e decisivas para atingir os financiadores e facilitadores do Hamas após o massacre brutal e injustificado de civis israelenses, incluindo crianças", disse a secretária do Tesouro, Janet Yellen.
"Continuaremos a tomar todas as medidas necessárias para negar aos terroristas do Hamas a capacidade de levantar e utilizar fundos para cometer atrocidades e aterrorizar o povo de Israel", acrescentou Yellen.
As sanções visam seis indivíduos associados à carteira secreta de investimentos do Hamas, com base na imposição de sanções pelo Tesouro em 2022 a funcionários e empresas que gerem a carteira internacional.
As medidas incluíram uma empresa de criptografia com sede em Gaza, chamada "Buy Cash Money and Money Transfer Company" (Buy Cash), que fornece transferência de dinheiro e serviços de câmbio de moeda virtual, incluindo a criptomoeda bitcoin, disse o comunicado do Tesouro.
A empresa também tem sido usada por outros grupos terroristas para transferir verbas, segundo o Tesouro.