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Secretário-geral da ONU pede fim de ofensiva do Talibã no Afeganistão

Grupo já conquistou 15 das 34 capitais de província do país

13 ago 2021 - 16h58
(atualizado às 17h13)
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O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, pediu nesta sexta-feira (13) para o grupo fundamentalista islâmico Talibã parar imediatamente sua ofensiva no Afeganistão e iniciar "sérias negociações".

Em declaração à imprensa na sede da ONU, o diplomata português alertou que a situação no "Afeganistão está saindo de controle" e "somente um acordo político negociado de boa fé pode garantir a paz".

"A mensagem da comunidade internacional para aqueles em pé de guerra deve ser clara: tomar o poder por meio da força militar é uma proposta perdida. Isso só pode levar a uma guerra civil prolongada ou ao isolamento completo do Afeganistão", disse.

Segundo Guterres, "só no último mês, mais de mil pessoas foram mortas ou feridas por ataques indiscriminados a civis, particularmente nas províncias de Helmand, Kandahar e Herat".

"Os combates entre o Talibã e as forças de segurança afegãs em ambientes urbanos estão causando enormes danos. Pelo menos 241 mil pessoas foram forçadas a fugir de suas casas, as necessidades humanitárias estão crescendo a cada hora, os hospitais estão transbordando, os suprimentos de alimentos e remédios estão diminuindo, as estradas, pontes, escolas, clínicas e outras infraestruturas críticas estão sendo destruídas", explicou ele.

Por fim, o secretário-geral da ONU "exortou todas as partes a prestarem atenção ao pesado tributo do conflito e seu impacto devastador sobre os civis" e lembrou que "conduzir ataques a civis é uma grande violação do Direito Internacional Humanitário e um crime de guerra".

Depois da retirada das tropas dos EUA e da Otan do Afeganistão, o grupo fundamentalista islâmico segue avançando no país asiático e já conquistou 15 das 34 capitais de província. Hoje, anunciou que vai garantir "anistia geral" para quem colaborou com o atual governo da nação e que não vai "tocar" em diplomatas estrangeiros.

Apesar disso, os Estados Unidos destacaram que estão "prontos para evacuar milhares de pessoas por dia". "Se necessário, ajustaremos o prazo de retirada do Afeganistão para permitir que os americanos sejam evacuados do país", disse o porta-voz do Pentágono, John Kirby.

O americano não explicou se as tropas enviadas serão designadas para um papel de combate, mas afirmou que elas "vão para uma missão perigosa e têm o direito de legítima defesa".

"No momento, Cabul não está sob uma ameaça iminente. Parece antes que o Talibã quer isolar a capital do Afeganistão", disse Kirby, acrescentando que se surpreendeu com a falta de resistência das forças de segurança afegãs.

O chanceler espanhol, José Manuel Albares, por sua vez, anunciou nesta tarde o início de uma operação de evacuação dos espanhóis que estão no Afeganistão.

Segundo nota do Ministério das Relações Exteriores da Espanha, os afegãos que trabalham para o país europeu também serão retirados do território. Entre eles estão alguns funcionários da embaixada espanhola.

Albares "está muito preocupado" com o avanço do Talibã e ressaltou que o governo não descarta a possibilidade de evacuar completamente a sede diplomática, porque não reconhecerá um governo imposto "pela força" no Afeganistão.

Ansa - Brasil
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