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Segundo julho mais quente quebra sequência de 13 meses de recorde, dizem cientistas da UE

8 ago 2024 - 10h52
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O mês passado foi o segundo julho mais quente já registrado no planeta, quebrando um período de 13 meses em que todos os meses foram mais quentes, o que foi em parte alimentado pelo padrão climático El Niño, disse o Serviço de Mudanças Climáticas Copernicus, da União Europeia, nesta quinta-feira.

Ciclista se refresca em Madri
 25/7/2024   REUTERS/Ana Beltran
Ciclista se refresca em Madri 25/7/2024 REUTERS/Ana Beltran
Foto: Reuters

O mês ficou 1,48 grau Celsius acima da referência pré-industrial de 1850-1990, informou o Copernicus em um relatório mensal, enquanto os últimos 12 meses ficaram 1,64º C acima da média pré-industrial devido à mudança climática.

Julho também teve os dois dias mais quentes já registrados.

Copernicus atribui as altas temperaturas, em grande parte, às emissões de gases de efeito estufa das indústrias baseadas em combustíveis fósseis e observou que os oceanos normalmente não afetados pelo El Niño registraram um aumento incomum nas temperaturas.

"O El Niño acabou, mas com essa magnitude de aumento da temperatura global, o quadro geral é bastante semelhante ao que tínhamos há um ano", disse Julien Nicolas, pesquisador climático da Copernicus, à Reuters.

"Ainda não terminamos com os recordes de temperatura que causam ondas de calor... Sabemos que essa tendência de aquecimento de longo prazo pode ser relacionada, com um nível muito alto de confiança, ao impacto humano sobre o clima."

Temperaturas acima da média foram registradas no sul e no leste da Europa, no oeste dos Estados Unidos, no oeste do Canadá, na maior parte da África, no Oriente Médio, na Ásia e no leste da Antártida.

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