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Sem citar Trump, Obama e Bush criticam divisão na política dos EUA

20 out 2017 - 12h27
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Em uma crítica ao atual governo dos EUA, Obama falou que o país está retrocedendo ao século passado e que é preciso recuperar o espírito de união
Em uma crítica ao atual governo dos EUA, Obama falou que o país está retrocedendo ao século passado e que é preciso recuperar o espírito de união
Foto: Agência Brasil

Os dois ex-presidentes mais recentes dos Estados Unidos começaram uma campanha contra Donald Trump, atual chefe do Executivo. O republicano George W. Bush e o democrata Barack Obama criticaram o atual governo sem mencionar diretamente o nome de Trump. Ambos falaram contra a divisão na política americana e pediram a unificação do país.

Barack Obama rompeu o silêncio nessa quinta-feira (19) na Virginia, em um evento de campanha eleitoral democrata para Ralph Northam, que concorre pelo partido ao governo do estado. Sem mencionar diretamente o nome de Trump, Obama falou que o país está retrocedendo ao século passado e que, neste momento em que a política está tão dividida no país, é preciso recuperar o espírito de união.

Ele chamou os eleitores ao engajamento e trouxe de volta seu slogan da campanha presidencial em 2008: Yes, We Can Do, (sim, nós podemos). "Nós podemos fazer isso, podemos lutar pela democracia americana em seu melhor."

Em uma crítica direta à campanha eleitoral de Trump, ao discurso anti-imigração, Obama disse: "Aqui está uma coisa eu sei: se você tem que ganhar uma campanha dividindo as pessoas, você não será capaz de governá-los, você não será capaz de uni-los mais tarde."

Sem mencionar o presidente republicano Donald Trump pelo nome, Obama disse: "Em vez de nossa política refletir nossos valores, temos a política infectando nossas comunidades."

No mesmo dia, em Nova York, em um evento em seu instituto, o ex-presidente George W. Bush também falou da preocupação com o momento da política americana.

Primeiro, fez uma autocrítica. Ele disse que a confiança nas instituições diminuiu nas últimas décadas, e que um descontentamento profundo da população com a economia acirrou conflitos partidários e tornou a política mais vulnerável a teorias conspiratórias.

Em seguida, também sem mencionar Trump, Bush falou da suposta interferência da Rússia nas eleições presidenciais.

"A América experimentou uma tentativa sustentada por uma potência hostil para alimentar e explorar as divisões do nosso país. De acordo com os nossos serviços de inteligência, o governo russo tem feito um projeto de transformar os americanos uns contra os outros. Esse esforço é amplo, sistêmico e furtivo. É realizado em toda a uma gama de plataformas de mídia social", afirmou.

Para finalizar o discurso, Bush defendeu a pluralidade e falou contra o racismo. "Todas as raças, religiões e etnias podem ser plena e igualmente americanos. Isso significa que a intolerância ou a supremacia branca, de qualquer forma, é blasfêmia contra o credo americano."

O presidente Donald Trump não comentou diretamente as afirmações dos dois ex-presidentes. Mas fez afirmações no Twitter de que notícias sobre a interferência russa eram falsas e que o FBI precisa investigar o suposto apoio recebido pelo instituto Bill Clinton da Rússia. "Rússia mandou milhões para o Instituto Clinton", afirmou.

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Agência Brasil Agência Brasil
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