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Setembro de 2024 é o 2º mais quente da história, diz órgão da UE

Expectativa é de que 2024 seja o ano mais quente já registrado

8 out 2024 - 12h28
(atualizado às 14h37)
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O Serviço de Mudanças Climáticas Copernicus (C3S), sistema de observação da Terra da União Europeia, divulgou nesta terça-feira (8) que o mês de setembro de 2024 foi o segundo mais quente da história.

    Com isso, é quase certo que, depois de 2023, o atual se tornará o ano mais quente já registrado.

    Segundo os dados do Copernicus, que também destacou chuvas extremas em todo o planeta, a temperatura média do ar foi de 16,7ºC, ou seja, 1,54ºC mais quente que a média de setembro no clima pré-industrial (1850-1900).

    O estudo indica ainda que setembro de 2024 é o 14º mês em um período de 15 meses no qual as temperaturas médias globais do ar excederam os níveis pré-industriais em 1,5ºC. O limite simbólico foi imposto pelos países que assinaram o Acordo de Paris para combater as alterações climáticas em 2015.

    Desta forma, a temperatura média global dos últimos 12 meses (outubro de 2023 a setembro de 2024) é a segunda mais alta já registrada.

    De acordo com especialistas, a anomalia da temperatura média para os meses restantes deste ano teriam de cair mais de 0,4 graus para que 2024 não seja mais quente do que 2023.

    As temperaturas europeias estiveram majoritariamente acima da média no Leste e Nordeste do continente, mas abaixo em grande parte da Europa Ocidental, incluindo França, grande parte da Península Ibérica e Islândia.

    Fora da Europa, as temperaturas foram mais altas do que a média no Canadá, nos Estados Unidos, na América do Sul, no nordeste da África, na China e no Japão.

    "A precipitação extrema deste mês, que vemos cada vez com mais frequência, foi exacerbada por uma atmosfera mais quente, com precipitação equivalente a meses em apenas alguns dias", afirma Samantha Burgess, vice-diretora do Serviço de Alterações Climáticas Copernicus.

    Burgess explicou ainda que "o risco de precipitação extrema continuará a aumentar à medida que as temperaturas sobem" e "quanto mais cedo atingirmos zero emissões, mais cedo poderemos mitigar este risco". .

Ansa - Brasil
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