Seul aprova ajuda de US$ 8 milhões à Coreia do Norte
A Coreia do Sul aprovou nesta quinta-feira um plano de envio de ajuda no valor de US$ 8 milhões à Coreia do Norte, enquanto a China alertou que a crise na Península Coreana está se tornando mais séria a cada dia e a guerra de palavras entre Pyongyang e Washington continuou.
Também nesta quinta-feira, o ministro das Relações exteriores norte-coreano, Ri Yong Ho, comparou o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, a um "cão que ladra mas não morde", depois de o líder norte-americano alertar que irá "destruir totalmente" a Coreia do Norte se esta ameaçar os EUA e seus aliados.
O chanceler chinês, Wang Yi, disse que a situação na Península Coreana está se tornando mais séria a cada dia e que não se pode permitir que saia do controle.
"Pedimos a todas as partes para que fiquem mais calmas e não deixem que a situação saia do controle", disse Wang, de acordo com uma reportagem desta quinta-feira do estatal Serviço de Notícias da China.
Em um encontro separado com seu colega sul-coreano, Kang Kyung-wha, Wang reiterou o pedido para a Coreia do Sul desmontar o sistema antimísseis norte-americano Thaad, que Pequim afirma ser uma ameaça à sua própria segurança.
"A China espera que a Coreia do Sul faça esforços para reduzir a tensão", disse Wang, segundo uma reportagem da agência de notícias estatal chinesa Xinhua.
A decisão de enviar ajuda à Coreia do Norte não foi popular na Coreia do Sul, afetando o índice de aprovação do presidente Moon Jae-in. A medida também causou preocupação aos EUA e ao Japão, vindo na esteira de novas sanções da Organização das Nações Unidas (ONU) contra Pyongyang em reação ao sexto teste nuclear do país, no início deste mês.
O Ministério da Unificação sul-coreano disse que sua política de assistência não foi afetada pelas tensões geopolíticas com o vizinho do norte. O momento exato do envio do auxílio, além de seu tamanho, será confirmado mais tarde, informou a pasta em um comunicado.
Seul disse que pretende enviar US$ 4,5 milhões em produtos nutricionais para crianças e gestantes por meio do Programa Mundial de Alimentos (PMA) e US$ 3,5 milhões em vacinas e tratamentos médicos por meio do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef, na sigla em inglês).
"Temos dito constantemente que forneceríamos ajuda humanitária à Coreia do Norte levando em consideração as condições ruins das crianças e gestantes, à parte das questões políticas", disse o ministro da Unificação, Cho Myong-gyon.