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Símbolo de acolhimento, Lampedusa convida alunos africanos

Cidade relembrou sexto aniversário de naufrágio no Mediterrâneo

3 out 2019 - 10h48
(atualizado às 11h00)
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O prefeito de Lampedusa e Linosa, Totò Martello, propôs nesta quinta-feira (3) que estudantes de escolas de países do Mediterrâneo visitem a cidade italiana em 2020.

"Estamos no mesmo barco", diz faixa levada durante passeata em memória de vítimas de naufrágio em Lampedusa, sul da Itália
"Estamos no mesmo barco", diz faixa levada durante passeata em memória de vítimas de naufrágio em Lampedusa, sul da Itália
Foto: ANSA / Ansa - Brasil

O município fica na ilha de Lampedusa, símbolo da crise migratória no sul da Europa e que relembra nesta quinta o sexto aniversário de um naufrágio que matou 368 pessoas no Mediterrâneo.

"No ano que vem, precisamos que venham a Lampedusa os jovens das escolas de países do Mediterrâneo, porque somente trocando ideias poderemos entender como se vive na Itália, na Europa, na África; somente contaminando a cultura pode haver um mundo de paz", disse Martello durante uma manifestação em memória das vítimas da tragédia de 3 de outubro de 2013.

"Essa não é apenas a porta, mas também é a janela da Europa. A partir da janela, os outros devem olhar aquilo que acontece no Mediterrâneo", acrescentou o prefeito. A marcha pelos seis anos do naufrágio reuniu milhares de pessoas, incluindo 500 estudantes provenientes de escolas italianas e europeias.

No mar, dezenas de barcos de pescadores fizeram um cortejo na área do naufrágio, levando jovens, autoridades e sobreviventes do desastre.

A embarcação superlotada transportava cerca de 500 migrantes, dos quais 368 morreram. O naufrágio é considerado uma das piores tragédias da história do Mediterrâneo e foi o estopim para a criação da operação militar italiana Mare Nostrum, destinada a resgatar barcos de migrantes na região e mais tarde substituída por uma força-tarefa europeia, hoje paralisada.

A maioria dos ocupantes da embarcação afundada era formada por eritreus, somalis e ganeses, que pagaram cerca de US$ 3 mil cada um para os coiotes. Desde aquela tragédia, mais de 15 mil pessoas perderam suas vidas tentando cruzar o Mediterrâneo para chegar à Europa, segundo a ONG Save the Children, transformando o mar na rota migratória mais mortal do planeta.

Também em homenagem às vítimas do naufrágio de 3 de outubro, 29 cidades da União Europeia sediaram uma coleta de assinaturas para que a data se torne o "Dia Europeu da Memória e do Acolhimento".

Ansa - Brasil
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