Síria não será base de ataques contra Israel, diz líder jihadista
Al-Jolani pediu retirada de sanções contra Damasco
O jihadista Abu Mohammed al-Jolani, líder do grupo islamita Hayat Tahrir al-Sham (HTS), que derrubou o ditador Bashar al-Assad, garantiu nesta terça-feira (17) que a Síria "não será usada" como base para ataques contra Israel ou qualquer outro país.
O chefe da coligação islâmica que tomou o poder em Damasco acrescentou em uma entrevista ao British Times que as forças israelenses precisam encerrar as ofensivas aéreas na Síria e se retirar do território ocupado nas Colinas de Golã.
"Nós não queremos nenhum conflito nem com Israel nem com qualquer outra pessoa", disse Al-Jolani, que prefere ser chamado pelo seu nome de nascimento, Ahmed al-Shara.
O líder do HTS pediu a retirada de todas as sanções do Ocidente contra a Síria, além de ter solicitado aos governos inglês e americano a retirada do status de organização terrorista do seu grupo, conhecido até há algum tempo como Frente Al-Nusra, afiliada à Al Qaeda.
"A Síria é muito importante do ponto de vista geopolítico.
Deveriam eliminar todas as restrições impostas ao carrasco e à vítima: agora o carrasco não está mais lá", declarou.
Jolani alertou que "metade da população" síria está no exterior e destacou que pretende "trazer de volta" essas pessoas que deixaram o país em razão da guerra civil.
O jihadista também minimizou a possibilidade de impor a lei islâmica na Síria, afirmando que não haverá interferência profunda nas liberdades pessoais, respeitando as tradições.
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