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Snowden faz aparição virtual em Vancouver e anuncia surpresas

O ex-analista da CIA garantiu que "algumas das coisas mais importantes ainda precisam surgir"

19 mar 2014 - 17h31
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<p>Snowden tinha feito sua última aparição, no dia 10 de março, durante o festival tecnologia, música e cinema South by Southwest, no Texas</p>
Snowden tinha feito sua última aparição, no dia 10 de março, durante o festival tecnologia, música e cinema South by Southwest, no Texas
Foto: Getty Images

O ex-analista da CIA Edward Snowden fez uma aparição surpresa e virtual na conferência TED 2014, realizada em Vancouver (Canadá), e advertiu que ainda tem informações importantes a revelar sobre o programa de espionagem americano, publicaram nesta quarta-feira veículos de imprensa locais.

Snowden apareceu na terça-feira à noite em TED 2014 por videoconferência da Rússia, onde está refugiado, em um monitor montado em um robô que ele operava de seu computador e no qual mostrava seu rosto.

É a segunda vez em poucos dias que Snowden aparece virtualmente em um evento na América do Norte.

No dia 10 de março, Snowden utilizou a mesma tecnologia para participar do festival de tecnologia, música e cinema South by Southwest (SXSW) em Austin (Estados Unidos).

Snowden advertiu nesta última aparição que "algumas das coisas mais importantes ainda precisam surgir", em referência a revelações sobre o programa da NSA.

Em um blog postado pelos organizadores de TED 2014, Snowden, que foi acusado por políticos americanos de traição enquanto outros o consideram um herói, defendeu seus vazamentos de informações confidenciais.

Não sou "um herói, um patriota, um traidor. Diria que sou um americano e um cidadão", afirmou.

Às perguntas do moderador sobre a acusação que roubou 1,7 milhões de documentos e da qual só se conhece uma quantidade mínima, Snowden disse que "definitivamente serão feitas mais revelações. Algumas das coisas mais importantes ainda precisam surgir".

Assegurou que as autoridades americanas estão utilizando o medo do terrorismo para "cobrir suas ações" e que não está justificado o nível de espionagem que estão exercendo sobre a população.

O ex-analista também declarou que voltará aos Estados Unidos se lhe concederem uma anistia.

"O governo apontou que quer algum tipo de acordo, um compromisso para que retorne. Mas quero deixar claro que não fiz isso para ter certeza. Fiz porque era o certo. Não deixarei de trabalhar pelo interesse público para me beneficiar" explicou.

EFE   
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