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Socialistas e extrema-direita de Portugal se unem novamente para bloquear medida do governo

5 jun 2024 - 11h36
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O governo minoritário de centro-direita de Portugal sofreu nesta quarta-feira outro revés quando o partido de extrema-direita Chega se uniu ao Partido Socialista para bloquear um corte no imposto de renda para a classe média, levantando dúvidas sobre a aprovação do orçamento de 2025.

A redução de impostos proposta pelo governo, que teria proporcionado alívio fiscal para trabalhadores que ganham até cerca de 5.800 euros por mês, fracassou no Parlamento, pois todos os partidos de oposição de esquerda votaram contra e o Chega se absteve.

Em vez disso, os parlamentares aprovaram a proposta alternativa dos socialistas que limitava o corte aos cidadãos de baixa renda com um salário bruto de até 2.850 euros - também graças à abstenção da extrema-direita.

"O Partido Socialista tem um cúmplice para bloquear o governo e um cúmplice contra a classe média. Esse cúmplice é o Chega", disse o líder parlamentar do Partido Social Democrata, Hugo Soares.

O líder socialista Pedro Nuno Santos chamou a proposta de seu partido de "socialmente mais justa" do que a do governo, que, segundo ele, deveria negociar com outros partidos.

O parlamentar do Chega Rui Afonso disse que a proposta dos socialistas era mais favorável, pois visava melhor os trabalhadores de baixa renda.

A coalizão conservadora Aliança Democrática venceu a eleição geral em março por uma margem pequena em relação aos socialistas e precisa dos votos deles ou do Chega - que quadruplicou seus assentos - para aprovar legislações no Parlamento mais fragmentado dos últimos 50 anos.

Essa não é a primeira vez que o novo governo perde uma votação parlamentar. No mês passado, o Chega se uniu aos socialistas para acabar com os pagamentos de pedágio em oito rodovias, impondo um aumento indesejado nos gastos públicos.

"O orçamento do Estado será o pilar da estabilidade do governo em Portugal", disse o analista político Antonio Costa Pinto à emissora RTP.

A votação final sobre o orçamento do próximo ano deve ser realizada até o final de novembro.

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