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Soldado desertor norte-coreano está em estado grave após ser baleado em fuga

14 nov 2017 - 10h57
(atualizado às 12h01)
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Um soldado norte-coreano que sofreu ferimentos graves ao ser baleado por colegas quando desertou para a Coreia do Sul deve sobreviver, disseram o governo e os militares sul-coreanos nesta terça-feira.

Posto de controle norte-coreano é visto em foto tirada a partir de zona desmilitarizada que separa as duas Coreias 17/04/2017  REUTERS/Kim Hong-Ji
Posto de controle norte-coreano é visto em foto tirada a partir de zona desmilitarizada que separa as duas Coreias 17/04/2017 REUTERS/Kim Hong-Ji
Foto: Reuters

O soldado acelerou na segunda-feira em direção à fronteira em um "vilarejo da paz" situado na zona desmilitarizada fortemente protegida em um veículo de quatro rodas.

Quando uma das rodas se soltou, ele continuou a fuga a pé enquanto quatro soldados da Coreia do Norte disparavam contra ele, disse Suh Wook, diretor-chefe de operações do Estado-Maior Conjunto da Coreia do Sul, em informe a parlamentares sul-coreanos.

"Até a manhã de hoje, ouvimos que ele estava inconsciente e incapaz de respirar por conta própria, mas sua vida pode ser salva", disse Suh.

Cirurgiões retiraram cinco balas do corpo do soldado e deixaram duas dentro, acrescentou Suh, provocando murmúrios dos parlamentares, que disseram que a fuga foi "coisa de cinema".

O soldado se abrigou atrás de uma estrutura sul-coreana em uma Área de Segurança Conjunta dentro da zona desmilitarizada entre as duas Coreias.

Temendo mais disparos norte-coreanos, soldados sul-coreanos e norte-americanos rastejaram posteriormente para resgatá-lo, disse o Comando das Nações Unidas em um comunicado separado.

A Coreia do Norte não disse nada sobre o desertor. Seus militares não deram nenhuma indicação de movimentos incomuns nesta terça-feira, disseram os militares sul-coreanos.

Embora uma média de mais de mil norte-coreanos desertem para o vizinho do sul todos os anos, a maioria viaja através da China, e é incomum um norte-coreano cruzar a fronteira terrestre que divide as duas Coreias, que estão tecnicamente em estado de guerra desde o conflito de 1950-53, que terminou em uma trégua, não um tratado de paz.

O Comando da ONU, instalado desde o final da guerra, disse que uma investigação do incidente está sendo realizada.

O ministro da Defesa da Coreia do Sul, Song Young-moo, disse ter sido a primeira vez que soldados norte-coreanos dispararam na direção do lado sul-coreano da Área de Segurança Conjunta, o que provocou queixas de alguns parlamentares segundo os quais os militares sul-coreanos deveriam ter disparado de volta.

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