Soldado ucraniano morre em ataque russo 3 dias após se casar
Noivo foi morto por soldados russos enquanto combatia para defender o último local em Mariupol ainda liderado pelas tropas ucranianas
Um soldado membro da Guarda Nacional Ucraniana morreu em um ataque russo três dias depois de se casar com sua noiva durante uma cerimônia dentro da siderúrgica Azovstal, em Mariupol.
A história foi contada na conta do Facebook da Guarda Nacional da Ucrânia nesta quinta-feira, 12, e revela que Valeria Karpilenko e Andriy se casaram em 5 de maio, enquanto o Exército russo bombardeava a usina.
O noivo foi morto por soldados russos enquanto combatia para defender o último local em Mariupol ainda liderado pelas tropas ucranianas.
Segundo a viúva ucraniana, ela e o marido foram felizes por três dias, apesar da guerra. Durante a cerimônia, os dois trocaram alianças improvisadas, feitas com papel alumínio e mostradas nas fotos publicadas na rede social, na presença dos demais combatentes da siderúrgica.
"Você foi meu marido legítimo por três dias. E você será meu amor por toda a eternidade. Meu querido Andriy, carinhoso, corajoso... você foi e é o melhor", escreveu Valéria.
"Conseguimos nos casar, conseguimos ser felizes, mas não conseguimos ficar juntos. Eu sempre vou te amar, meu herói".
Na foto é possível ver os dois recém-casados com uniformes militares se abraçando firmemente. Eles mostram as mãos com os anéis de casamento. Acredita-se que cerca de 2 mil combatentes ucranianos se encontram na fábrica.
O assessor do prefeito de Mariupol, Petro Andriushchenko, informou no Telegram que os russos estão bloqueando as saídas das passagens subterrâneas da usina.
"O principal objetivo do exército de Putin é bloquear as saídas das passagens subterrâneas, que um traidor indicou ao inimigo", disse ele, acrescentando que "os defensores de Mariupol estão tentando revidar, arriscando tudo".
Mykolaiv
Nesta quinta, várias explosões foram ouvidas em Mykolaiv, no sul da Ucrânia, onde soou o alarme antiaéreo, informou o prefeito da cidade, Oleksandr Senkevych, pedindo para todos os cidadãos ficarem em abrigos.