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Sri Lanka procura 140 suspeitos de laços com Estado Islâmico

26 abr 2019 - 10h37
(atualizado às 11h12)
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A polícia do Sri Lanka está tentando rastrear 140 pessoas suspeitas de ligação com o Estado Islâmico, que assumiu a autoria dos ataques suicidas no domingo de Páscoa a igrejas e hotéis que mataram 253 pessoas, disse o presidente Maithripala Sirisena nesta sexta-feira.   

Os muçulmanos do país foram orientados a orar em casa e não ir a mesquitas, depois que os Serviços Estatais de Inteligência alertaram para possíveis ataques com carros-bomba em meio ao temor de violência retaliatória.

A embaixada dos Estados Unidos no Sri Lanka também exortou seus cidadãos a evitarem locais de culto no próximo final de semana depois que as autoridades avisaram que pode haver mais ataques contra centros religiosos.

Soldados das forças especiais de segurança do Sri Lanka em Colombo
Soldados das forças especiais de segurança do Sri Lanka em Colombo
Foto: Dinuka Liyanawatte / Reuters

O Sri Lanka continua tenso após os atentados suicidas contra três igrejas e quatro hotéis, que também deixaram cerca de 500 feridos.

Quase 10 mil soldados foram mobilizados na ilha-nação do oceano Índico para realizar buscas e oferecer proteção a centros religiosos, disseram os militares nesta sexta-feira.  

O All Ceylon Jamiyathul Ullama, maior organização religiosa islâmica do Sri Lanka, instou os muçulmanos a orarem em seus lares caso "surja a necessidade de proteger famílias e propriedades".

O cardeal Malcolm Ranjith também pediu aos padres que não rezem missas nas igrejas até segunda ordem. "A segurança é importante", disse.

A polícia deteve ao menos 76 pessoas, inclusive estrangeiros da Síria e do Egito, em suas investigações até o momento.

O Estado Islâmico não apresentou provas de sua alegação de que esteve por trás dos ataques. Se for verdade, terá sido um dos piores ataques do grupo fora do Iraque e da Síria.

Na terça-feira, o grupo extremista publicou um vídeo que mostrou oito homens, sete deles com os rostos cobertos, diante de uma bandeira negra do Estado Islâmico declarando lealdade ao seu líder, Abu Bakr Al-Baghdadi.

O governo do Sri Lanka disse que nove suicidas locais e instruídos realizaram os atentados, que oito foram identificados e que um era mulher.

Os ataques do domingo de Páscoa acabaram com a calma relativa que reinava no país de maioria budista desde que a guerra civil contra separatistas majoritariamente da etnia hindu tâmil terminou.

Entre os 22 milhões de habitantes do Sri Lanka há minorias cristãs, muçulmanas e hindus. Até agora os cristãos vêm sendo praticamente poupados do conflito e das tensões comunitárias da ilha.

A maioria das vítimas era do Sri Lanka, mas as autoridades disseram que ao menos 38 estrangeiros também morreram, entre eles cidadãos britânicos, norte-americanos, australianos, turcos, indianos, chineses, dinamarqueses, holandeses e portugueses.

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