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STJ retira medidas cautelares impostas a Cesare Battisti

Italiano foi acusado em outubro de evasão de divisas

25 abr 2018 - 08h23
(atualizado às 15h31)
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O Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu nesta terça-feira (24) aceitar o habeas corpus apresentado pela defesa do italiano Cesare Battisti e revogou as medidas cautelares estabelecidas pelo Tribunal Regional da 3ª Região (TRF-3), inclusive o uso de tornozeleira eletrônica.

STJ retira medidas cautelares impostas a Cesare Battisti
STJ retira medidas cautelares impostas a Cesare Battisti
Foto: EPA / Ansa - Brasil

A medida foi tomada no âmbito do processo em que Battisti é acusado de tentativa de evasão de divisas.

De acordo com o ministro Nefi Cordeiro, relator da ação, neste caso não há elementos concretos e suficientes para manter a imposição das medidas cautelares.

A decisão de Cordeiro foi acompanhada pelos ministros Sebastião reis Júnior e Rogério Schietti. No pedido de habeas corpus, a defesa alegou que "não há necessidade de manutenção das medidas cautelares".

Em nota, o advogado de Battisti, Igor Tamasauskas, ressaltou a "inexistência de risco de fuga, diante da inequívoca pretensão de Battisti em permanecer no Brasil". No entanto, a decisão não impede que novas medidas cautelares sejam impostas, caso, no futuro, ocorra fundamentação no processo.

Em outubro passado, o italiano foi preso em Corumbá (MS) após tentar entrar na Bolívia com US$6 mil e 1,3 mil euros sem declarar. Ele foi solto três dias depois, mas a Corte, no entanto, impôs restrições, como a tornozeleira eletrônica e não poder deixar a cidade onde reside, Cananéia, no litoral Sul de São Paulo.

Battisti foi condenado à prisão perpétua em seu país por quatro assassinatos ocorridos na década de 1970 e envolvimento com o terrorismo. Ele diz ser alvo de perseguição política, e a Itália tenta novamente obter sua extradição.

O governo de Michel Temer já aceitou entregá-lo a Roma, mas aguarda uma posição do STF sobre se o presidente pode ou não reverter a decisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva que autorizou a permanência do italiano no país.

Ansa - Brasil
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