Suécia enfrenta impasse político após ganhos da extrema-direita em eleição
A Suécia enfrenta um impasse político após seus principais blocos de centro-esquerda e centro-direita praticamente empatarem em eleição no domingo, enquanto a extrema-direita - com a qual nenhum dos dois blocos quer lidar - teve ganhos com uma plataforma linha-dura anti-imigração.
Com quase todos os votos apurados nesta segunda-feira, o governista de centro-esquerda Partido Social-Democrata, os Verdes e o aliado parlamentar Partido da Esquerda tiveram 40,6 por cento dos votos, enquanto a Aliança, da oposição e de centro-direita, teve 40,3 por cento.
Isto representa uma vantagem de um assento no Parlamento de 349 membros.
Os Democratas Suecos, um partido com origens supremacistas brancas, teve 17,6 por cento, cerca de 5 pontos percentuais a mais do que há quatro anos. A legenda teve o maior ganho entre todos os partidos e está em linha com pesquisas de opinião convencionais, mas o número ficou longe dos 20 a 30 por cento previstos pelo líder Jimmie Akesson.
"Nós não iremos participar na aprovação de um governo que não nos dê influência", disse Akesson à TV4. "Pelo contrário, nós iremos fazer o que pudermos para derrubar qualquer governo de tal tipo".
O sucesso dos Democratas Suecos segue um aumento na popularidade de outros partidos da extrema-direita na Europa, em meio às crescentes preocupações com identidade nacional, os efeitos da globalização e temores sobre imigração impulsionada por conflitos no Oriente Médio e na África.
A não ser que partidos de centro-esquerda e centro-direita rompam com seus blocos, é provavelmente impossível formar um governo estável sem algum tipo de apoio dos Democratas Suecos, que querem que o país deixe a União Europeia e congele imigração.