Suécia tem eleições que opõem centro-esquerda e extrema-direita
Ultranacionalistas do SD devem ter votação recorde
Longas filas foram registradas durante todo o domingo (11) para as eleições gerais na Suécia, que vive pela primeira vez um embate entre a centro-esquerda e a extrema-direita. Os cerca de 7,5 milhões de eleitores votarão para eleger o novo Parlamento, os conselhos regionais e municipais.
O partido da premiê de centro-esquerda Magdalena Anderson, em coligação que está no poder desde 2014, deve obter entre 49,6% e 51,6% dos votos. Já os partidos de direita e extrema-direita devem somar entre 47,6% e 49,4%.
"É uma diferença muito, muito pequena", chegou a comentar Anderson, a primeira mulher a chefiar o governo do país, após votar.
Desse percentual da direita, segundo as últimas projeções, cerca de 20% dos votos devem ir para o extrema-direita e anti-imigração SD, em um apoio inédito na história da Suécia.
"Queremos fazer parte do governo, vamos ver o que acontece", disse o líder da sigla, Jimmie Akesson.
A campanha eleitoral ocorre em um momento bastante delicado da política nacional, com o pedido de adesão à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) em andamento, e econômico, por conta da crise energética e a inflação provocadas pela guerra da Rússia na Ucrânia.
Normalmente, as eleições contam com muita participação popular, uma das mais altas da Europa, e o cenário deve se repetir neste domingo. No último pleito, em 2018, a afluência superou os 87%. .