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Suprema Corte da Venezuela convoca opositor de Maduro a comparecer no tribunal

Em ato simbólico, Edmundo González se proclamou o novo presidente eleito da Venezuela na segunda (5)

6 ago 2024 - 11h27
(atualizado às 12h04)
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González é convocado à Suprema Corte
González é convocado à Suprema Corte
Foto: REUTERS

Em meio a crise que se instalou na Venezuela após a controversa eleição presidencial de 28 de julho, a Suprema Corte venezuelana convocou Edmundo González, que concorreu a eleição contra Nicolás Maduro, para comparecer ao tribunal nesta quarta-feira, 7, às 10h do horário de Brasília. O convite se estende a outros três candidatos.

Ligada ao governo de Maduro, a Suprema Corte fez o pedido oficial: "Para a devida consolidação de todos os instrumentos eleitorais que se encontram em posse dos partidos políticos e dos candidatos, se procede a citar em pessoa, em cujo ato deverão entregar a informação requerida e responder às perguntas que sejam formuladas pela Corte. (...) Citam os cidadãos Manuel Rosales, José Luis Cartaya, Simón Calzadilla e Edmundo González Urrutia", determinou uma juíza do tribunal.

No entanto, essa não é a primeira vez que González é chamado pela Suprema Corte. Na última sexta-feira, 2, o opositor de Maduro foi convocado a comparecer ao tribunal, mas não se apresentou.

Nicolás Maduro foi proclamado presidente após eleição
Nicolás Maduro foi proclamado presidente após eleição
Foto: REUTERS

O convite era para uma sessão conjunta com outros candidatos presidenciais. Na ocasião, houve a assinatura de um termo de aceite do resultado divulgado pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE), que 'bateu o martelo' na reeleição de Maduro. 

Uma das suposições para a ausência de Gozález na Suprema Corte é de que o político teria medo de ser preso ao chegar no local. O temor, aliás, já foi amplamente tratado por Maria Corina Machado, aliada ao candidato e opositora de Maduro. Ao The Wall Street Journal, ela chegou a dizer que está escondida por precaução, já que teme pela sua vida. 

Desde que González e Corina Machado passaram a questionar o resultado que indicava a reeleição de Maduro, o presidente venezuelano vem fazendo duras declarações contra os opositores. O herdeiro do chavismo chegou a dizer que ambos são terroristas que "têm que estar atrás das grades" e que "a Justiça vai chegar".

Corina Machado é líder da oposição
Corina Machado é líder da oposição
Foto: REUTERS

González se proclamou presidente

Mesmo com a tensão, Edmundo González se proclamou o novo presidente eleito da Venezuela nesta segunda-feira, 5. “Nós vencemos esta eleição sem qualquer discussão. Foi uma avalanche eleitoral”, escreveu ele em um comunicado. A autoproclamação do opositor tem caráter simbólico, porque é o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) venezuelano quem tem o poder legal de proclamar um novo presidente.

O órgão indicou a vitória de Nicolás Maduro na semana passada, com 51,95% dos votos. Na carta, González ainda apela para que militares e policiais "se coloquem ao lado do povo" e impeçam "ações de grupos organizados" pelo regime Maduro, que "deu um golpe de Estado".

Opositor de Maduro, Edmundo González se autoproclama presidente eleito da Venezuela:

Maria Corina Machado argumenta que González teria ganhado de Maduro por 66% a 30%. A líder opositora ainda destaca que está sendo feita uma contagem paralela dos votos para rever a decisão do CNE. Em entrevista ao Fantástico no domingo, 4, ela chegou a agradecer ao presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), por exigir a divulgação pública das atas de votação da eleição de 28 de julho.

Em 1º de agosto, o Brasil assinou, junto ao México e a Colômbia, um documento que reforça a cobrança e destaca o respeito à escolha do povo venezuelano.

"Como venezuelana, fico muito agradecida pela resposta de alguns governos, de alguma maneira próximos a Maduro -como Brasil, Colômbia e México-, e que assumiram posições muitos firmes para que a verdade eleitoral seja conhecida. Agradeço a posição nítida do governo do Brasil e do presidente Lula, ao exigir que se divulguem os boletins, um a um", disse a opositora. 

Fonte: Redação Terra
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