Suspeito do massacre de família de mórmons é preso no México
Emboscada provocou a morte de três mulheres e seis crianças
A polícia mexicana prendeu nesta terça-feira (6) um homem suspeito de ter participado de uma emboscada que provocou a morte de um grupo de nove mórmons norte-americanos da família LeBarón, na fronteira do México com os Estados Unidos.
A informação foi revelada pela emissora CNN, citando as autoridades do país. No entanto, a identidade do suposto criminoso não foi divulgada. Segundo a Agência Ministerial para Investigações Criminais (Amic), o indivíduo foi detido enquanto mantinha dois reféns em uma colina no estado de Sonora. As autoridades apreenderam também armas e uma grande quantidade de munições. A prisão ocorreu dois dias depois que o grupo, que viajava em três carros por Rancho de la Mora, entre Chihuahua e Sonora, caiu em uma emboscada de homens armados, que atiraram contra os veículos. Entre as vítimas, estão três mulheres e seis crianças, sendo dois gêmeos recém-nascidos de seis meses. De acordo com o procurador-geral de Chihuahua, Cesar Peniche Espejel, o assassinato pode ter sido comandado pelo recém-formado cartel de drogas "Los Jaguares".
A polícia mexicana também investiga a ligação de outros carteis.
A suspeita é de que a família tenha sido confundida. No entanto, membros da família são ativistas e fazem campanha contra grupos criminosos de Sonora e Chihuahua. "Depois da prisão do 'El Chapo' o cartel de Sinaloa sofreu fragmentações. Esses grupos vêm crescendo perto da fronteira com os Estados Unidos e estão envolvidos com tráfico de imigrantes e de drogas", explicou Espejel a rádio mexicana "Imagen".
Após o massacre, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pressionou às autoridades mexicanas para iniciarem uma "guerra aos cartéis de drogas".
"Se o México precisar ou pedir ajuda para se livrar desses monstros, os Estados Unidos estão prontos, dispostos e capazes de se envolver para fazer o trabalho de maneira limpa e eficaz", escreveu em sua conta no Twitter.
O presidente mexicano, Manuel López Obrador, por sua vez, disse que pretende conversar com seu homólogo americano sobre a tragédia.
"Toda a cooperação necessária: é isso que vou dizer ao presidente Trump, e ver em que eles podem ajudar, mas cuidando da nossa soberania, assim como eles fazem e como todos os países fazem", declarou Obrador.