Teste de vacina da AstraZeneca esclarecerá o quão bem ela funciona, diz cientista dos EUA
Um cientista destacado dos Estados Unidos que está supervisionando testes de vacina contra Covid-19 acredita que um estudo norte-americano amplo determinará o quão eficiente é a inoculação experimental da AstraZeneca na esteira de resultados desconcertantes de outros testes divulgados pela empresa e por sua parceira, a Universidade de Oxford.
A AstraZeneca Plc é uma das principais desenvolvedoras de vacinas, mas dados provisórios de testes realizados no Reino Unido e no Brasil e divulgados em 23 de novembro mostraram um desempenho altamente divergente quando a vacina foi testada em duas combinações diferentes de doses.
De acordo com a empresa, um grupo pequeno de participantes recebeu meia dose seguida por uma dose inteira por acidente, em vez das duas doses inteiras planejadas. Neste grupo, a vacina mostrou 90% de eficácia na prevenção da doença, mas no grupo maior que recebeu duas doses inteiras a taxa de sucesso foi de 62%.
Embora uma eficácia de 62% esteja acima do padrão determinado por agências reguladoras para declarar uma vacina contra Covid-19 um sucesso, ela empalidece quando comparada com a eficácia de 95% e 94,1% demonstrada em testes amplos das vacinas da Pfizer Inc e da Moderna Inc, respectivamente.
"Meu resumo pessoal é que parece haver eficácia na vacina da AstraZeneca com base em outro teste que cria a esperança de que o teste atual nos Estados Unidos definirá sua eficácia", disse o doutor Larry Corey, colíder da Rede de Prevenção de Vacinas contra Coronavírus dos EUA.