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Teste nuclear da Coreia do Norte gera condenação global

3 set 2017 - 11h36
(atualizado às 12h36)
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Homem passa diante de telão com as imagens do premiê japonês, Shinzo Abe, e do presidente dos EUA, Donald Trump, em Tóquio
Homem passa diante de telão com as imagens do premiê japonês, Shinzo Abe, e do presidente dos EUA, Donald Trump, em Tóquio
Foto: Reuters

O maior teste nuclear já realizado pela Coreia do Norte foi condenado ao redor do mundo neste domingo, com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, dizendo que o "apaziguamento" não funcionaria uma vez que as autoridades em Pyongyang "só entendem uma coisa".

A explosão do que a Coreia do Norte afirmou ser uma bomba de hidrogênio avançada ocorreu dias após o país ter disparado um míssel sobre o Japão e horas depois de Trump ter falado com o primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, pelo telefone sobre a "escalada" da crise nuclear.

Trump, que afirmou depois do lançamento do míssel na semana passada que conversar com Pyongyang "não é a resposta", fez um tweet dizendo que o teste de domingo mostrou que as "palavras e ações (da Coreia do Norte) continuam sendo muito hostis e perigosas para os Estados Unidos".

A China tentou, mas falhou em resolver o problema, disse ele, ao mesmo tempo que afirmou que a "conversa de apaziguamento" da Coreia do Sul não funcionaria, uma vez que "eles (os norte-coreanos) apenas entendem uma coisa!"

A Rússia usou um tom mais cauteloso.

"Nas condições emergentes é absolutamente essencial manter a calma, abster-se de quaisquer ações que poderiam levar a uma nova escalada das tensões", disse o Ministério das Relações Exteriores da Rússia, acrescentando que a Coreia do Norte arriscava "graves consequências".

Moscou afirmou que as negociações são o único modo de resolver a crise. Mais tarde no domingo, o presidente russo Vladimir Putin deve se encontrar com o presidente chinês Xi Jinping na China.

A China pediu que a Coreia do Norte pare ações "erradas" e afirmou que aplicaria com totalidade as resoluções das Nações Unidas ao país.

O ministro das Relações Exteriores do Reino Unido, Boris Johnson, chamou o teste nuclear de "imprudente" e uma "provocação".

"Eles parecem estar se movendo mais perto em direção à bomba de hidrogênio, a qual, se instalada em um míssel bem sucedido, apresentaria de maneira inquestionável uma nova ordem de ameaça", disse ele à Sky News, acrescentando que não há soluções militares palatáveis.

O presidente francês Emmanuel Macron pediu por ação do Conselho de Segurança das Nações Unidas.

"A comunidade internacional deve tratar essa nova provocação com a maior firmeza, para trazer a Coreia do Norte de volta incondicionalmente ao caminho do diálogo e para proceder ao desmantelamento completo, verificável e irreversível de seu programa nuclear e balístico", disse ele em comunicado.

A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), que não tem acesso à Coreia do Norte, chamou o teste nuclear, o sexto de Pyongyang desde 2006, de "um ato extremamente lamentável" que "desconsiderou completamente as demandas repetidas da comunidade internacional".

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