TikTok: adolescente sequestrada é salva após usar gesto que viralizou na rede social
Jovem fez sinal de ajuda com a mão para motorista de outro carro, que chamou a polícia. Iniciativa foi criada para auxiliar vítimas de violência doméstica durante o isolamento da pandemia
Uma adolescente americana que estava desaparecida foi encontrada após fazer sinais com a mão que aprendeu no TikTok para pedir ajuda para desconhecidos.
Na semana passada, seus pais haviam comunicado à polícia que ela desapareceu no Estado da Carolina do Norte, nos Estados Unidos. Dois dias depois, ela foi vista em um carro no Kentucky — um motorista de outro carro reconheceu o sinal que a jovem fazia com a mão para pedir ajuda.
O motorista do outro carro então chamou a polícia. "Ele notou uma passageira no carro fazendo sinais com as mãos que são conhecidos na rede social TikTok como uma forma de pedir ajuda em caso de violência doméstica", diz a polícia local, em nota.
O motorista afirmou à polícia que a adolescente parecia estar assustada e que o carro estava sendo dirigido por um homem mais velho.
A polícia encontrou o carro em uma estrada interestadual e prendeu o motorista, James Herbert Brick, de 61 anos.
A jovem de 16 anos disse à polícia que tinha sido sequestrada na Carolina do Norte e passado por quatro Estados diferentes.
O sinal
O gesto com a mão consiste em mostrar a palma da mão, dobra o dedão para dentro e depois fechar a mão, com os dedos cobrindo o dedão (veja a imagem acima), explica a Canadian Women's Foundation, entidade que ajuda mulheres em situação de violência doméstica.
Uma campanha que ensinava o gesto chamada "sinal de ajuda" viralizou no TikTok em 2020 no início da pandemia. A ideia era ajudar vítimas de violência doméstica — um problema que havia aumentado com os lockdowns — a pedirem socorro sem precisar falar.
Vídeos ensinando a fazer o gesto também foram muito compartilhados no Reino Unido após o assassinato de Sarah Everard, que foi morta por um policial. Seu homicídio gerou um grande debate sobre a segurança das mulheres no país.