"Tiroteio foi um ataque terrorista", diz premiê canadense
Durante o tiroteio, o primeiro-ministro canadense, Stephen Harper, estava no Parlamento e foi retirado do edifício
O primeiro-ministro do Canadá, Stephen Harper, disse que o atirador que "aterrorizou" o Parlamento federal "foi um terrorista" que assassinou, "a sangue frio", um soldado das Forças Armadas do país.
"O tiroteio, que ocorreu durante a manhã de ontem no bloco central do Parlamento, foi um ataque a todos os canadenses", acrescentou o chefe de governo em declaração à nação, na noite dessa quarta-feira.
Ele destacou que os canadenses "não vão ficar intimidados". Harper disse também que o "trágico incidente vai fortalecer a determinação do Canadá em localizar supostos terroristas no país e ajudar os aliados internacionais a derrotar os terroristas no Iraque".
Em outubro, o Canadá anunciou o envio para o Iraque de seis aviões caças-bombardeiros CF-18 Hornet, um avião-tanque para reabastecimento em voo e dois aviões Aurora de vigilância. Na manhã dessa quarta-feira, um homem armado atirou em um soldado que fazia a guarda do Memorial Nacional de Guerra, em Ottawa, capital do país.
O soldado Nathan Cirillo, de 24 anos, morreu. O atirador se refugiou no Parlamento, onde foi morto durante tiroteio. A imprensa canadense relata a existência de dois ou três atiradores, tendo sido disparados cerca de 50 tiros.
O atentado ocorreu dois dias após um homem suspeito de ter ligações com um grupo radical islâmico atropelar dois soldados canadenses em Quebec, matando um deles.
Polícia diz que "não existe mais ameaça para segurança pública"
Quase 12 horas depois do tiroteio no Parlamento do Canadá, a Polícia de Ottawa liberou o perímetro de segurança que havia isolado do público para procurar outros possíveis atiradores. “Não existe mais uma ameaça para a segurança pública na região”, informou em nota em seu site oficial e pelo microblog Twitter. A área do Parlamento, no entanto, continuará isolada do público para as investigações.
A Polícia de Ottawa disse ainda que a Real Polícia Montada do Canadá, a maior força de segurança do país, assumiu o comando das investigações e que ambas agradecem à população pela colaboração. A polícia local reforçou o pedido para que testemunhas do tiroteio ajudem nas investigações com depoimentos e enviando fotos ou vídeos sobre o incidente. “Os moradores vão continuar a vendo um aumento da presença policial em áreas-chave nos próximos dias”.
O tiroteio no Parlamento do Canadá e arredores, que aconteceu na manhã desta quarta-feira em Ottawa, deixou as forças de segurança de todo o país em alerta, principalmente em prédios públicos, postos de fronteira, bases militares e aeroportos.
O incidente que assustou o país começou quando um homem atirou no soldado Nathan Cirillo, de 24 anos, que fazia a guarda do Memorial Nacional de Guerra. O soldado morreu. O atirador se refugiou no Parlamento, onde foi morto durante tiroteio.
O atentado aconteceu dois dias após um homem suspeito de ter ligações com um grupo radical islâmico atropelar dois soldados canadenses em Quebec, matando um deles. O motorista fazia parte de uma lista com 90 nomes investigados pelas forças de segurança canadenses, o que levantou o alerta sobre ataques terroristas no Canadá, conhecido internacionalmente por sua tranquilidade e qualidade de vida de sua população.
Em Quebec, militares foram orientados a deixar de usar seus uniformes fora de suas bases, a não ser quando estiverem realizando operações, além de não fazerem paradas entre suas casas e a base, por exemplo, em postos de gasolina, creches e supermercados.
Durante o tiroteio, o primeiro-ministro canadense, Stephen Harper, estava no Parlamento e foi retirado do edifício. O perímetro de segurança junto ao Parlamento levou também ao fechamento da Universidade de Ottawa. A polícia também pediu para a população se manter em casa ou, pelo menos, longe do local. A residência oficial do primeiro-ministro, que fica em frente ao Parlamento, também foi evacuada.
Tiroteio no Canadá reforça necessidade por vigilância, diz Obama
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, classificou o tiroteio no Canadá nesta quarta-feira como um evento "trágico" e disse que ele reforça a necessidade por vigilância.
Obama, falando em coletiva na Casa Branca, disse que ainda não sabia a motivação do atirador ou se ele fazia parte de uma rede mais ampla.
Obama afirmou que é importante para o Canadá e para os Estados Unidos estarem em sintonia quando o assunto é atividade terrorista.
Com informações da Agência Brasil e Reuters.