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Tragédia humanitária: surto de diarreia atinge 30 mil palestinos em Gaza, diz OMS

Falta de água potável, devido ao bloqueio e bombardeios de Israel, aumenta o risco de propagação de doenças no território palestino

9 nov 2023 - 16h51
(atualizado às 17h08)
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Bebê em UTI neonatal de hospital na Faixa de Gaza; falta de água potável e de combustível afeta o funcionamento dos centros médicos
Bebê em UTI neonatal de hospital na Faixa de Gaza; falta de água potável e de combustível afeta o funcionamento dos centros médicos
Foto: Reuters

Além dos intensos bombardeios israelenses, que já mataram mais de 10 mil palestinos e feriram 26 mil,  os palestinos da Faixa de Gaza agora também vivem sob o risco de uma rápida propagação de doenças infecciosas, devido à falta de água potável, interrupção dos serviços de saneamento básico e superlotação de hospitais e escolas. A informação foi diuvlgada pela Organização Mundial da Saúde (OMS). 

Em outubro, 33.551 pessoas tiveram diarreia. Metade dos casos registrados ocorreu em crianças com menos de 5 anos. Segundo a OMS, sarna, piolho e até casos de erupções cutâneas também foram identificados no mais recente levantamento realizado pela entidade.

"Desde meados de outubro de 2023, foram notificados mais de 33.551 casos de diarreia. Mais da metade deles ocorre entre crianças menores de cinco anos – um aumento significativo em comparação com uma média de 2.000 casos mensais em crianças menores de cinco anos ao longo de 2021 e 2022", diz a OMS. 

Tragédia em curso 

O relatório ainda destaca que faltam combustível, medicamentos e acesso a produtos de limpeza para manter as condições básicas de higiene de centros médicos e abrigos. Tudo isso somado a 1,5 milhão de palestinos deslocados de suas casas, superlotando hospitais e abrigos.

"A falta de combustível levou ao encerramento de fábricas de dessalinização, aumentando significativamente o risco de infecções bacterianas, como a diarreia, que se espalham à medida que as pessoas consomem água contaminada. A falta de combustível também perturbou toda a coleta de resíduos sólidos, criando um ambiente propício à proliferação rápida e generalizada de insetos, roedores que podem transportar e transmitir doenças", explica a organização.  

A OMS ainda fez um apelo pela "libertação incondicional" de todos os reféns e por um "cessar-fogo humanitário" para evitar mais mortes e sofrimento. A entidade pediu ainda acesso urgente e acelerado à ajuda humanitária – incluindo combustível, água, alimentos e suprimentos médicos – dentro e em toda a Faixa de Gaza.

Doenças e riscos à saúde em Gaza

  • 33.551 casos de diarréia, mais da metade ocorre em crianças com menos de 5 anos;
  • 8.944 casos de sarna e piolhos;
  • 1.005 casos de varicela;
  • 12.635 casos de erupção cutânea;
  • 54.866 casos de infecções respiratórias superiores;
  • Indivíduos imunossuprimidos, como pacientes com câncer, correm especialmente risco de complicações de infecções;
  • Falta equipamento de protecção individual para profissionais de saúde, os colocando em risco de adquirir e transmitir infecções enquanto prestam cuidados aos seus pacientes.  
Fonte: Redação Terra
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