Três regiões da Itália anunciam medidas mais rígidas anti-Covid
Vêneto, Emilia-Romagna e Friuli Venezia Giulia lutam contra coronavírus
Os governos de três regiões da Itália - Vêneto, Emilia-Romagna e Friuli Veneza Giulia - finalizaram nesta quinta-feira (12) seus novos decretos com mais medidas restritivas contra a propagação da segunda onda do coronavírus Sars-CoV-2.
O conteúdo dos textos se soma às regras já previstas para todas as "zonas amarelas" no decreto nacional. Entre as medidas está a determinação de um toque de recolher noturno entre 22h e 5h da manhã seguinte.
Os documentos foram aprovados pelo ministro da Saúde da Itália, Roberto Speranza, e apresentam restrições semelhantes. O uso de máscara é obrigatório até mesmo ao ar livre, com exceção para crianças, deficientes físicos e para quem pratica atividades esportivas em parques, mas apenas em áreas periféricas e com cumprimento de pelo menos dois metros de distância.
Além disso, não será permitido andar nas ruas e praças de centros históricos, cidades e áreas movimentadas, e o acesso aos estabelecimentos públicos será permitido para no máximo uma pessoa por vez.
Lojas de grande e médio porte, inclusive outlets, serão fechadas aos fins de semana. Permanecem abertos apenas supermercados, farmácias, banca de jornal e tabacarias.
Os bares e restaurantes ficam abertos até às 18h (horário local), mas a partir das 15h só será permitido comer sentado, dentro ou fora das instalações.
O transporte público deverá reformular sua programação para se adequar ao máximo de 50% da capacidade. Os eventos desportivos permitirão o acesso às instalações apenas com um teste negativo realizado no máximo 72 horas antes.
Nas escolas primárias e secundárias, aulas de educação física, de canto e instrumentos de sopro ficarão suspensas. O decreto, no entanto, não prevê o bloqueio de mobilidade entre municípios.
As medidas serão válidas de 14 de novembro a 3 de dezembro. O objetivo é "limitar ainda mais as situações de risco, as viagens e, sobretudo, as confraternizações e a concentração de pessoas que se encontraram no fim de semana passado", explicou Stefano Bonaccini, governador da Emilia-Romagna.
"Todas as medidas tomadas, a nível nacional e regional, são para proteger a comunidade, não há boletins ou cores punitivas ou recompensadoras, mas apenas o esforço do país para gerir a crise e sair dela de uma vez por todas quando estiver disponível a vacina solicitada pelo governo", acrescentou.
O governador do Vêneto, Luca Zaia, por sua vez, disse que não vê o decreto como "um ato de autoridade", mas como um "fracasso, porque infelizmente envolve todos, mesmo a grande maioria que respeita as regras, por causa de alguns que ainda não as respeitam".
Até agora, as três regiões estão na zona amarela, mas a expectativa é de que o ministro dos Assuntos Regionais, Francesco Boccia, anuncie uma atualização das cores da região no "mapa" sobre o avanço da doença nesta sexta-feira (13).