Tribunal condena pais de Renzi a quase 2 anos de prisão
Tiziano e Laura são acusados de emitir notas fiscais frias
O Tribunal de Florença condenou nesta segunda-feira (7) Tiziano Renzi e Laura Bovoli, pais do ex-primeiro-ministro da Itália Matteo Renzi (2014-2016), a um ano e nove meses de prisão por emissão de notas fiscais frias.
De acordo com a acusação, duas empresas de Tiziano e Laura emitiram faturas de 20 mil e 140 mil euros em 2015, relativas a supostas consultorias para o empresário Luigi Dagostino, apelidado de "rei dos outlets".
As consultorias diziam respeito a estudos para a abertura de um restaurante e para potencializar o fluxo de turistas no outlet The Mall, em Reggello, na província de Florença. A acusação, no entanto, afirma que as notas fiscais se referiam a operações inexistentes.
Durante depoimento, Dagostino, condenado no mesmo processo a dois anos de prisão, disse que pagara os recibos por "submissão psicológica", já que Laura e Tiziano eram pais do primeiro-ministro da Itália na época. A defesa, por sua vez, alega que os trabalhos de consultoria foram realizados.
Os réus ainda podem recorrer da sentença, que estabelece uma pena suspensa, ou seja, ele só irão à cadeia em caso de reincidência. Os pais de Renzi também não poderão ocupar cargos de direção em empresas privadas durante seis meses e ficarão interditados de funções públicas por um ano.
"Estou ciente de que se trata apenas de um primeiro momento, não perco a confiança na Justiça", declarou Tiziano.