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Ásia

Trump aceita convite para encontro com líder norte-coreano

Coreia do Sul anuncia que reunião entre EUA e Coreia do Norte poderá acontecer até maio; Kim Jong-un teria se comprometido com 'desnuclearização'.

8 mar 2018 - 22h49
(atualizado às 22h59)
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Segundo representante da Coreia do Sul, encontro entre Kim Jong-un e Trump pode acontecer até maio
Segundo representante da Coreia do Sul, encontro entre Kim Jong-un e Trump pode acontecer até maio
Foto: Reuters / BBC News Brasil

Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, confirmou que aceitará o convite para uma reunião feito mais cedo pelo líder norte-coreano, Kim Jong-un.

O surpreendente anúncio foi feito por autoridades diplomáticas do alto escalão sul-coreano em Washington, capital dos EUA, que transmitiram a mensagem de uma carta de Kim Jong-un.

Segundo os sul-coreanos, Kim também concordou em interromper testes nucleares e balísticos e está "comprometido com a desnuclearização".

A novidade parece ser um marco importante após meses de ameaças e retórica violenta entre a Coreia do Norte e os EUA.

No início da semana, uma delegação da Coreia do Sul também participou de reuniões sem precedentes com Kim, em Pyongyang, capital norte-coreana.

Chung Eui-yong, conselheiro em questões de segurança nacional da Coreia do Sul, falou na Casa Branca após se encontrar com Trump. Os líderes devem se reunir até maio.

"Eu disse ao presidente Trump que, no nosso encontro com o líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, ele disse estar comprometido com a desnuclearização", disse Chung em coletiva de imprensa.

"Kim prometeu que a Coreia do Norte vai interromper testes nucleares e balísticos".

Representante da Coreia do Sul, Chung Eui-yong anunciou nos EUA planos de encontro entre Trump e Kim Jong-un
Representante da Coreia do Sul, Chung Eui-yong anunciou nos EUA planos de encontro entre Trump e Kim Jong-un
Foto: Reuters / BBC News Brasil

Chung acrescentou: "O presidente Trump apreciou o informe e disse que se encontraria com Kim Jong-un até maio para conquistar uma desnuclearização permanente".

Laços entre as duas Coreias foram consideravelmente reforçados desde que as equipes de ambos países participaram de forma conjunta da Olimpíada de Inverno, mas muitos críticos duvidaram da sinceridade de Kim Jong-un.

Isolamento

A Coreia do Norte está há décadas isolada de negociações internacionais por conta de abusos aos direitos humanos e pelos investimentos em armas nucleares - ações que vão de encontro a regras multilaterais.

Nenhum presidente americano se sentou ao lado de um líder norte-americano para dialogar - o que faria de um encontro entre Trump e Kim Jong-un um marco inédito.

No Twitter, Trump, que anteriormente já havia dito não haver sentido no diálogo com a Coreia do Norte, classificou o novo capítulo como um "grande progresso".

No entanto, ele afirmou que as sanções contra o país asiático continuam em voga até que um acordo consistente seja feito.

"Kim Jong Un falou em desnuclearização com representantes da Coreia do Sul, não apenas um embargo. Sem testes com mísseis pela Coreia do Norte neste período. Grande progresso sendo feito mas as sanções permanecerão até um acordo ser conquistado. Encontro sendo planejado", escreveu o americano em sua rede social.

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