Trump apela para a religião no Estado da Geórgia
O republicano Donald Trump fez um apelo aos eleitores religiosos no Estado da Geórgia, no sul do país, enquanto sua campanha se distanciava de comentários racistas feitos por aliados que poderiam alienar importantes grupos de eleitores.
Milhões de norte-americanos já depositaram seus votos antes da eleição de 5 de novembro, uma disputa muito acirrada entre Trump e sua rival democrata, Kamala Harris.
Na Geórgia, onde se espera que a votação antecipada presencial antes do dia da eleição totalize até 70% das cédulas, Trump cortejou os eleitores religiosos durante um evento do Conselho Consultivo Nacional da Fé.
"Acho que este é um país que precisa de religião", disse Trump. "Eles estão tentando impedir vocês, essa nova administração, esse novo grupo de pessoas da esquerda radical."
Mas ele enfrenta pressão por causa de seu comício em Nova York no domingo, onde um comediante chamou Porto Rico de "ilha flutuante de lixo", provocando uma reação de celebridades latinas e críticas de políticos republicanos e democratas. A equipe de campanha de Trump disse que a piada não refletia suas opiniões.
A Geórgia é um dos 7 Estados cruciais que devem desempenhar um papel decisivo em uma eleição que se encerra em apenas oito dias. As pesquisas nacionais, incluindo a pesquisa Reuters/Ipsos, e as pesquisas em Estados decisivos mostram os dois candidatos em uma disputa apertada.
O que está em jogo nessa eleição é a administração do país mais poderoso do mundo. Kamala e Trump divergem sobre o apoio à Ucrânia e à Otan, tarifas que poderiam desencadear guerras comerciais, direito ao aborto, impostos e princípios democráticos básicos.
Cerca de 46 milhões de norte-americanos já votaram, de acordo com o Laboratório Eleitoral da Universidade da Flórida, incluindo cerca de 2,8 milhões de pessoas na Geórgia e 1,9 milhão de pessoas em Michigan, onde Kamala chegou nesta segunda-feira.
Esse número fica atrás dos cerca de 60 milhões de pessoas que votaram antecipadamente por volta dessa época em 2020, no auge da pandemia da Covid-19.