Trump assina decreto para reunir famílias imigrantes
Separação de filhos e pais era alvo de críticas
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta quarta-feira (20) o decreto executivo para manter unidas famílias de imigrantes ilegais capturadas na fronteira com o México. No entanto, ele ressaltou que não mudará seu modelo de "tolerância zero".
"Conseguiremos manter as famílias juntas", garantiu o mandatário, que recuou após as duras críticas contra a política de separação de pais e filhos que entram no país ilegalmente, autorizada pelo secretário de Justiça Jeff Sessions.
Estima-se que pelo menos 2 mil crianças tenham sido tiradas de seus pais pelas autoridades norte-americanas, como uma forma de combater a imigração clandestina. Entre elas estariam oito meninas e meninos brasileiros.
As crianças são mantidas em gaiolas dentro de campos de acolhimento, e em alguns vídeos elas aparecem chorando e sendo alvo de comentários sarcásticos de agentes de custódia. Essa política foi criticada por ONGs, pelas Nações Unidas e até por expoentes do Partido Republicano, o mesmo de Trump.
O presidente, no entanto, vinha defendendo essa medida até aqui. "Devemos sempre prender pessoas entrando em nosso país ilegalmente. De 12 mil crianças, 10 mil são mandadas por seus pais em viagens muito perigosas, e apenas 2 mil estão com seus pais, muitos dos quais tentaram entrar em nosso país ilegalmente em diversas ocasiões", escreveu o presidente no Twitter, na última terça (19).
Já seu secretário de Justiça, Jeff Sessions, considerou até a hipótese de usar testes de DNA para comprovar a relação de parentesco entre as crianças e seus genitores. "Sabemos que muitos adultos que levam crianças não estão ligados a elas e podem ser traficantes", justificou.