Trump assina plano de ajuda anti-Covid e evita shutdown
Presidente havia adiado assinatura por exigir mudanças
Após relutar, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou no fim da noite deste domingo (27) o plano de alívio econômico anti-Covid de quase US$ 900 bilhões e o projeto de financiamento do governo federal. Com isso, o republicano evitou o chamado "shutdown", ou seja, a paralisação do governo já a partir de amanhã (29).
A medida aprovada de maneira bipartidária ajudará milhares de famílias e de pequenas empresas atingidos pela pandemia do coronavírus Sars-CoV-2. A demora em assinar o projeto já havia provocado problemas, pois muitos norte-americanos começaram a ficar sem o direito ao auxílio desemprego no sábado (26).
Além da questão do seguro-desemprego, o plano garante o pagamento de uma ajuda de US$ 600 para quem ganha menos de US$ 75 mil por ano. Também prorroga a moratória sobre despejos e aloca milhões de dólares tanto para ajudar os estados a distribuírem as vacinas anti-Covid, bem como ajuda pequenas empresas da aviação e de empresas de transporte.
Trump se recusava a assinar a medida por dizer que era uma "vergonha" dar US$ 600 para os norte-americanos e queria que o valor fosse aumentado para US$ 2 mil. Porém, o acordo bipartidário só pode ser finalizado por conta da atuação do atual secretário do Tesouro, Steve Mnuchin, que informou sobre os valores possíveis a serem gastos.
Democratas até concordaram em aumentar o montante, mas os próprios republicanos foram contra. A demora causou temores também na equipe de transição de Joe Biden, que assume a Presidência em 20 de janeiro.
O presidente eleito chegou a chamar de "inadmissível" a demora do atual chefe da Casa Branca em assinar o documento. .