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Trump dá "endosso completo e total" para presidente da Câmara dos EUA

30 dez 2024 - 15h05
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O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta segunda-feira apoio ao presidente da Câmara, Mike Johnson, que se candidatará à reeleição para o cargo nesta semana, com uma pequena maioria republicana na Casa.

"O presidente da Câmara, Mike Johnson, é um homem bom, trabalhador e religioso. Ele fará a coisa certa, e nós continuaremos a VENCER. Mike tem meu endosso total e completo. MAGA!!!", escreveu Trump, em uma publicação na rede social Truth Social, referindo-se à sigla de seu slogan "Make America Great Again" (fazer os EUA grandes novamente).

A Câmara deve eleger seu presidente na próxima sexta-feira, após a posse do novo Congresso. O endosso de Trump era essencial para as esperanças de Johnson de manter a posição de liderança que assumiu em outubro de 2023.

O cargo o colocaria em uma relação de trabalho próxima com Trump, que retornará à Casa Branca em 20 de janeiro.

Trinta e quatro republicanos votaram contra o projeto de financiamento provisório do governo federal apresentado por Johnson em dezembro, levantando dúvidas sobre se alguns deles apoiariam a candidatura de Johnson ao cargo de presidente da Câmara porque argumentaram que a legislação favorecia os democratas.

Os republicanos têm uma maioria de 219 a 215 na Câmara, o que significa que a votação dependerá de os republicanos manterem sua união.

A deputada republicana Victoria Spartz disse à emissora Fox News nesta segunda-feira que continuava comprometida, afirmando que Johnson estava com medo de colocar em votação legislação fiscal que poderia prejudicar a agenda de Trump.

"Posso lhe dar uma chance, mas gostaria que ele me dissesse como vai cumprir essa agenda", disse Spartz. Ela falou antes de Trump publicar seu endosso nas redes sociais.

A Câmara ficou três semanas sem um presidente em 2023 depois que um pequeno grupo de republicanos votou para destituir o então presidente Kevin McCarthy.

Se Johnson -- ou outro republicano -- não conseguir reunir uma maioria de apoio, a Câmara poderá ficar sem um presidente a tempo para a certificação oficial da vitória de Trump em 6 de janeiro, provocando um caminho incerto para o futuro, já que é difícil para a Câmara atuar sem um presidente.

Quem quer que seja que acabe obtendo o cargo provavelmente terá que liderar a Câmara temporariamente com uma maioria ainda mais apertada após a posse de Trump em 20 de janeiro, já que ele escolheu dois deputados republicanos para fazer parte de seu governo.

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