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Trump deixa espaço para negociação em esforço por verba para construção de muro

30 jul 2018 - 15h48
(atualizado às 18h06)
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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ameaçou novamente nesta segunda-feira paralisar o governo federal em função de suas demandas por um muro na fronteira e outras mudanças à política imigratória, mas disse que continua aberto a negociações com o Congresso sobre o assunto.

Presidente dos EUA, Donald Trump, durante entrevista coletiva na Casa Branca 30/07/2018 REUTERS/Carlos Barria
Presidente dos EUA, Donald Trump, durante entrevista coletiva na Casa Branca 30/07/2018 REUTERS/Carlos Barria
Foto: Reuters

"Eu sempre deixo espaço para negociação", disse Trump durante uma coletiva de imprensa com o premiê italiano, Giuseppe Conte, na Casa Branca, acrescentando que ele não colocou nenhuma limitação sobre o assunto.

O Congresso precisa aprovar um pacote até o final de setembro para evitar uma paralisação do governo, e Trump reiterou nesta segunda-feira sua demanda de que reformas imigratórias, incluindo uma verba de 25 bilhões de dólares para a construção de um muro na fronteira com o México, sejam incluídas em qualquer pacote de gastos.

"Se nós não conseguirmos segurança na fronteira, após muitos e muitos anos de conversa dentro dos Estados Unidos, eu não teria problema em fazer uma paralisação", disse Trump.

Além da construção do muro, o governo também quer acabar com a chamada "imigração em corrente", que permite que parentes de imigrantes venham ao país, e o programa de loteria de vistos, e quer seguir adiante com o que Trump chama de um sistema de imigração "baseado em méritos".

O presidente republicano disse no domingo que permitirá uma paralisação do governo federal caso os democratas não aprovem o financiamento de um muro fronteiriço e apoiem suas mudanças às leis de imigração, apostando que manter uma linha dura funcionará em favor dos republicanos nas eleições parlamentares de novembro.

Uma interrupção nas operações do governo federal, no entanto, poderá se voltar contra Trump caso eleitores culpem os republicanos, que controlam o Congresso, pela paralisação dos serviços.

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