Trump não acredita em acordo de segurança na fronteira
Presidente dos Estados Unidos diz duvidar que parlamentares sejam capazes de fechar acordo que ele considere aceitável
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, demonstrou no domingo que não acredita que parlamentares que tentam evitar mais uma paralisação do governo consigam fechar um acordo sobre segurança de fronteira que ele considere aceitável, e renovou a promessa de construir um muro na divisa com o México.
Em uma entrevista ao Wall Street Journal, Trump disse serem poucas as chances de o Congresso elaborar um acordo e evitar outra paralisação parcial governo dos EUA em três semanas, quando o atual financiamento terminará.
"Pessoalmente acho que é menos de 50%, mas temos muitas pessoas ótimas nesse organismo", disse o presidente em referência ao comitê parlamentar nomeado para chegar a um meio-termo para o custeio da segurança de fronteira. Outra paralisação, disse Trump ao Wall Street Journal, "certamente (é) uma opção".O presidente ainda disse que pode declarar uma emergência nacional para erguer o muro na fronteira — o que os democratas provavelmente contestariam nos tribunais."Alguém realmente pensa que não construirei o muro? Fiz mais em dois anos do que qualquer presidente!", escreveu Trump no Twitter na noite de domingo.
After all that I have done for the Military, our great Veterans, Judges (99), Justices (2), Tax & Regulation Cuts, the Economy, Energy, Trade & MUCH MORE, does anybody really think I won’t build the WALL? Done more in first two years than any President! MAKE AMERICA GREAT AGAIN!
— Donald J. Trump (@realDonaldTrump) 28 de janeiro de 2019
A resistência democrata à exigência do líder republicano por 5,7 bilhões de dólares para a obra na fronteira resultou em uma paralisação de 35 dias de cerca de um quarto do governo, que se encerrou na sexta-feira. O impasse de cinco semanas prejudicou a economia norte-americana, criou dificuldades financeiras para muitos servidores federais e testou a paciência da população com atrasos no tráfego aéreo, o fechamento de parques nacionais e outras interrupções. Depois que pesquisas de opinião mostraram que cada vez mais norte-americanos culpam Trump pela situação, na sexta-feira o presidente assinou uma medida para financiar o governo por três semanas enquanto negociadores do Congresso tentam arquitetar um projeto de lei para sustentar totalmente as agências até 30 de setembro. Mas Trump também ameaçou retomar a paralisação em 15 de fevereiro se não conseguir o que quer. Na entrevista ao Wall Street Journal, Trump também disse duvidar de um possível acordo envolvendo dinheiro para o muro e uma reforma das leis de imigração do país. Na manhã de domingo alguns parlamentares criticaram a paralisação de algumas agências federais como ferramenta de disputas a respeito de diretrizes políticas.
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