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Trump diz que vai nomear comentarista da Fox Pete Hegseth para secretário de Defesa

13 nov 2024 - 08h28
(atualizado às 08h30)
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O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, disse na terça-feira que escolheu para ser secretário de Defesa Pete Hegseth, um comentarista da Fox News e veterano que expressou desdém pelas chamadas políticas "liberais" dos líderes do Pentágono, incluindo seu principal oficial militar.

Hegseth, se confirmado pelo Senado dos EUA, poderá cumprir as promessas de campanha de Trump de livrar as Forças Armadas dos EUA dos generais que ele acusa de adotar políticas progressistas de diversidade nas fileiras, contra as quais os conservadores têm se manifestado.

Isso também poderia criar uma rota de colisão entre Hegseth e o presidente do Estado-Maior Conjunto, o general da Força Aérea C.Q. Brown, um ex-piloto de caça com experiência de comando no Pacífico e no Oriente Médio, que Hegseth acusou de "seguir as posições radicais dos políticos de esquerda".

O cético da Otan, de 44 anos, talvez seja a escolha mais surpreendente de Trump ao preencher seu gabinete antes da posse em 20 de janeiro, e a decisão atraiu a rápida condenação de alguns dos oponentes de Trump.

"O cargo de secretário de Defesa não deveria ser um cargo de nível básico", disse o deputado Adam Smith, o principal democrata do Comitê de Serviços Armados da Câmara, no X.

Ao anunciar sua decisão, Trump elogiou Hegseth, que é veterano da Guarda Nacional do Exército e, segundo seu site, serviu no Afeganistão, no Iraque e na Baía de Guantánamo, em Cuba.

"Pete é duro, inteligente e um verdadeiro crente no America First", disse Trump em um comunicado. "Com Pete no comando, os inimigos dos Estados Unidos estão avisados - nossas Forças Armadas serão grandes novamente e os Estados Unidos nunca recuarão."

Embora Hegseth tenha articulado apenas posições políticas limitadas no passado, ele criticou os aliados da Otan por serem fracos e disse que a China está prestes a dominar seus vizinhos.

Hegseth disse que deixou as Forças Armadas em 2021 depois de ser marginalizado por suas opiniões políticas e religiosas por um Exército que não o queria mais.

"O sentimento era mútuo - eu também não queria mais esse Exército", afirmou Hegseth em seu livro "The War on Warriors: Behind the Betrayal of the Men Who Keep Us Free".

Já existe ansiedade no Pentágono de que Trump pretenda eliminar oficiais militares e funcionários públicos de carreira que ele considera desleais.

Questões de guerra cultural podem ser um gatilho para demissões.

Trump disse à Fox News em junho que demitiria generais que ele descreveu como "liberais", um termo para aqueles que se concentram na justiça racial e social, mas que é usado pelos conservadores para depreciar as políticas progressistas.

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