Trump e UE concordam em zerar barreiras comerciais
Visita de Jean-Claude Juncker reduziu tensão entre os dois lados
Após acenos a uma guerra comercial, os presidentes dos Estados Unidos, Donald Trump, e da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, estabeleceram uma "trégua" nesta quarta-feira (25), em uma reunião bilateral na Casa Branca.
Antes do encontro, a comissária europeia para Comércio, Cecilia Malmstrom, havia dito que o bloco estava pronto a impor tarifas alfandegárias contra mercadorias norte-americanas, por um valor total de US$ 20 bilhões, caso os EUA sobretaxassem carros fabricados na UE.
Mas Juncker, acostumado a lidar com interesses conflitantes de 28 países, conseguiu desarmar a bomba, ao menos por enquanto. "Queria alcançar um acordo hoje, e o fizemos. A vontade é de zerar as tarifas sobre bens industriais", afirmou o chefe do poder Executivo da União Europeia, em um breve pronunciamento com Trump, sem espaço para perguntas de jornalistas.
"Hoje é um grande dia: com Juncker, lançamos uma nova fase nas relações entre Estados Unidos e União Europeia", declarou o presidente dos EUA, acrescentando que outra meta é zerar os subsídios. A única exceção à isenção de tarifas alfandegárias seriam os automóveis.
"As negociações apenas começaram, mas agora sabemos aonde queremos chegar", acrescentou Trump. A Casa Branca acenava com uma sobretaxa de 25% em cima de veículos fabricados na EUA já a partir dos próximos meses, o que poderia gerar uma espiral protecionista entre os dois lados - tal qual já começou a ocorrer entre Estados Unidos e China.
"Devemos nos falar, devemos trabalhar juntos", disse Juncker, definido por Trump como um "negociador duro".