Trump faz discurso em tom de campanha e anuncia primeiras medidas após posse como presidente dos EUA
Republicano fez um discurso no mesmo tom que marcou sua campanha eleitoral
Empossado nesta segunda-feira, 20, o 47º presidente dos Estados Unidos, Donald Trump fez um discurso em tom de campanha eleitoral e anunciou as primeiras medidas do novo governo norte-americano. Na presença de quatro de seus antecessores -- Joe Biden, Barack Obama, George W. Bush e Bill Clinton -- Trump deixou bem clara a sua visão para o futuro do país.
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Diante de políticos, embaixadores, líderes estrangeiros, celebridades e empresários norte-americanos presentes no Capitólio, sede do poder Legislativo, Trump disse que a era de ouro dos Estados Unidos começa agora. “A partir deste dia nosso país florescerá e será respeitado por todo mundo. Seremos invejados por todo mundo e não permitiremos que ninguém se aproveite da gente”, disse o republicano.
Trump também falou em restauração da América. “Colocarei a América em primeiro lugar. Nossa soberania será recuperada, nossa segurança, as balanças da justiça equilibrada. Nossa maior prioridade é criar uma nação orgulhosa, próspera e livre. A América em breve será maior, mais forte. Eu retorno com confiança e otimismo que estamos no início de uma era de muito sucesso nacional”.
No discurso, Trump também anunciou as primeiras medidas concretas de sua gestão. Como era esperado, ele prometeu endurecer o cerco contra os imigrantes. Com cerca de 20 milhões de imigrantes no país, o presidente planeja deportar um número significativo deles nos primeiros anos de governo.
“Deixamos de proteger nossos cidadãos para proteger gente de fora do país. Restabelecermos nossa política 'Fique no México'", afirmou.
Trump ainda prometeu eliminar os cartéis liderados por organizações terroristas, combater a inflação no país e fazer dos Estados Unidos um país industrial. "Eu fui salvo por Deus para tornar a América grande novamente", enfatizou ao se referir ao atentado contra ele em julho de 2024.
A previsão feita por especialistas em relações internacionais, ouvidos pelo Terra, é que a política externa mais agressiva, anunciada por Trump, gere maior instabilidade. Em termos domésticos, há também um temor em relação à espetacularização de alguns assuntos e ao quanto Trump vai usar as instituições para perseguir ou para atingir opositores.
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