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Trump mantém ameaça de ataque e "grande retaliação"

6 jan 2020 - 08h08
(atualizado às 08h44)
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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, manteve no domingo a ameaça de atacar locais culturais iranianos, alertando para uma "grande retaliação" se o Irã revidar pela morte de um de seus principais comandantes militares.

Presidente dos EUA, Donald Trump; primeira-dama, Melanie Trump; e filho Barron voltam para Casa Branca após férias na Flórida
05/01/2020
REUTERS/Mike Theiler
Presidente dos EUA, Donald Trump; primeira-dama, Melanie Trump; e filho Barron voltam para Casa Branca após férias na Flórida 05/01/2020 REUTERS/Mike Theiler
Foto: Reuters

Trump, falando a repórteres a bordo do Air Force One, também ameaçou impor sanções contra o Iraque, um importante aliado dos EUA, depois que o Parlamento iraquiano pediu que as tropas norte-americanas deixem o país.

Trump e seus assessores têm defendido o ataque aéreo dos EUA que matou o comandante militar iraniano Qassem Soleimani, cuja morte aumentou as tensões na região.

Trump afirma que Soleimani estava planejando ataques contra norte-americanos e disse que está considerando divulgar os relatórios de inteligência que o levaram a ordenar o assassinato.

Questionado sobre uma possível vingança do Irã, Trump disse: "Se isso acontecer, aconteceu. Se eles fizerem alguma coisa, haverá uma grande retaliação".

Trump tem dito que a operação foi conduzida para evitar uma guerra com o Irã e alertou contra novas escaladas, mas adotou uma retórica rígida em público, tuitando que os Estados Unidos têm 52 alvos iranianos, alguns "em um nível muito alto e importantes para o Irã e a cultura iraniana", se o Irã atingir quaisquer posições norte-americanas ou norte-americanos em retaliação pela morte de Soleimani.

O secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, negou no domingo que Trump tenha dito que atacaria locais culturais iranianos, mas o presidente o contradisse quando perguntado sobre o assunto na noite de domingo.

"Eles têm permissão para usar bombas na estrada e explodir nosso povo, e não podemos tocar em seus locais culturais? Não é assim que funciona", disse.

Atacar locais culturais com ação militar é considerado um crime de guerra sob o direito internacional, incluindo uma resolução do Conselho de Segurança da ONU apoiada pelo governo Trump em 2017 e a Convenção de Haia para a proteção de bens culturais, de 1954.

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