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Trump planeja anunciar candidato a vice nesta segunda, na Convenção Republicana

Nome ganha ainda mais peso após tentativa de assassinato contra o ex-presidente, mas não está claro se o episódio influencia sua escolha

15 jul 2024 - 14h03
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Donald Trump durante conferência conservadora em Orlando
Donald Trump durante conferência conservadora em Orlando
Foto: Reuters

O ex-presidente Donald Trump planeja anunciar o vice-presidente de sua chapa presidencial nesta segunda-feira, 15, dois dias depois de sobreviver a um atentado a tiros em Butler, na Pensilvânia. Segundo disse ao apresentador da Fox News Bret Baier, o anúncio será feito durante a convenção republicana, que acontece em Milwaukee.

O nome para a vice-presidência ganha ainda mais peso após o atentado de sábado, mas não está claro se o episódio influenciou a sua decisão. Se a bala tivesse atingido Trump um pouco mais a direita, ele teria sido gravemente ferido ou morto no episódio, e o vice assumiria o lugar.

Trump disse repetidamente que o nome para a vice-presidência seria escolhido a partir do critério de qualificação. "Você precisa de alguém que seja bom para prevenir problemas, mas também capaz de lidar com eles eficazmente caso ocorram", declarou em entrevista ao programa de rádio "The Clay Travis & Buck Sexton Show", da Fox Sports, em maio.

Horas antes do atentado no sábado, em uma entrevista antes de embarcar em seu avião da Flórida, Trump também comentou sobre o assunto com Harris Faulkner, da Fox News. "É uma posição muito importante, especialmente se algo ruim acontecer - isso é o mais importante", disse.

Os que estão na lista de Trump têm diferentes níveis de experiência em governos. O senador de Ohio, JD Vance, está no cargo há menos de dois anos, enquanto o governador de Dakota do Norte, Doug Burgum, comanda um Estado com uma população de 780 mil habitantes. O senador da Flórida Marco Rubio está na política há décadas, em seu terceiro mandato no Senado.

O ex-presidente também deixou claro no sábado, antes do atentado, que queria revelar dramaticamente sua escolha na convenção para torná-la, segundo ele, mais "interessante" e "emocionante". "É como uma versão altamente sofisticada de 'O Aprendiz'", brincou ele em uma entrevista de rádio referindo-se ao programa que já apresentou e que o mostrava demitindo concorrentes.

Trump e outros republicanos afirmaram que a agenda da Convenção Nacional Republicana continua como planejado, apesar do atentado. Em sua rede social, Trump escreveu que não poderia "permitir que um 'atirador', ou potencial assassino, forçasse a mudança de agendamento, ou qualquer outra coisa". "Neste momento, é mais importante do que nunca que estejamos unidos e mostremos nosso verdadeiro caráter como americanos, permanecendo fortes e determinados, e não permitindo que o mal vença", escreveu.

O republicano também teve reuniões nos dias que antecederam o atentado com os principais candidatos. Todos enviaram materiais, incluindo biografias e fotografias, aos organizadores da convenção, que podem ser usados para preparar conteúdo se forem escolhidos, de acordo com várias fontes familiarizadas com as conversas que falaram sob a condição de anonimato para discutir o processo. Reuniões com Vance, Rubio e Burgum foram relatadas pela primeira vez pela ABC News.

Espera até a convenção tem precedentes

A escolha de Trump de esperar até a convenção para escolher um companheiro de chapa não é inédito, apesar de raro nos últimos ciclos, onde os vices foram escolhidos antes.

Em 1980, Ronald Reagan negociou com o ex-presidente Gerald Ford por horas durante a convenção republicana em Detroit, mas escolheu seu antigo rival nas primárias, George H.W. Bush, quando essas discussões fracassaram. Reagan decidiu menos de 24 horas antes de aceitar formalmente a indicação do Partido Republicano.

O próprio Bush esperou até a convenção republicana de 1988 em Nova Orleans antes de chocar muitos participantes - bem como alguns dos principais conselheiros do então vice-presidente - ao escolher o pouco conhecido senador de Indiana Dan Quayle para ser seu número 2, em vez de um companheiro de chapa mais estabelecido.

Mas desde então a tradição é escolher um companheiro de chapa pouco antes da abertura da convenção do partido do candidato.

Em 2008, o senador do Arizona John McCain, procurando uma maneira de redefinir sua corrida contra o democrata Barack Obama, escolheu a pouco conhecida governadora do Alasca, Sarah Palin, pouco antes da abertura da convenção republicana em Minnesota. Ele teve um solavanco nas pesquisas que não durou.

O democrata Joe Biden escolheu a então senadora da Califórnia Kamala Harris como sua companheira de chapa seis dias antes de seu partido abrir sua convenção, que foi realizada principalmente virtualmente devido à pandemia de coronavírus. E Trump escolheu o governador de Indiana, Mike Pence, nos dias que antecederam a abertura da convenção republicana de 2016 em Cleveland.

Estadão
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