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Trump vai à convenção republicana depois de sobreviver a tentativa de assassinato

14 jul 2024 - 14h02
(atualizado às 17h05)
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Donald Trump disse que iria neste domingo para Milwaukee, onde os republicanos tornarão ele formalmente seu candidato nos próximos dias, após sobreviver a uma tentativa de assassinato que inflama ainda mais uma já amarga divisão política dos Estados Unidos.

O presidente norte-americano, Joe Biden, um democrata, disse que ordenou uma revisão sobre como um homem de 20 anos portando um rifle estilo AR-15 conseguiu, no sábado, chegar perto o suficiente para atirar de um telhado em Trump, que, como ex-presidente, tem proteção vitalícia do Serviço Secreto dos EUA.

No sábado, Trump, de 78 anos, tinha acabado de começar seu discurso de campanha em Butler, Pensilvânia, a cerca de 50 quilômetros ao norte de Pittsburgh, quando dispararam tiros que o atingiram na orelha direita e deixaram seu rosto manchado de sangue.

Trump deve receber a indicação formal de seu partido na Convenção Nacional Republicana, que começa em Milwaukee, Wisconsin, na segunda-feira.

"Eu ia adiar minha viagem a Wisconsin e à Convenção Nacional Republicana em dois dias, mas acabei de decidir que não posso permitir que um 'atirador' ou assassino em potencial force uma mudança na programação ou em qualquer outra coisa. Portanto, estarei partindo para Milwaukee, conforme programado", escreveu Trump em seu site Truth Social neste domingo.

Ele disse que partiria à tarde.

O FBI identificou Thomas Matthew Crooks, de 20 anos, de Bethel Park, Pensilvânia, como suspeito do que chamou de tentativa de assassinato. Crooks era um republicano cadastrado, de acordo com os registros eleitorais do estado, e fez uma doação de 15 dólares a um comitê de ação política democrata aos 17 anos.

Autoridades de segurança informaram à imprensa que ainda não tinham identificado o motivo do ataque. Tanto os republicanos quanto os democratas vão buscar provas da filiação política de Crooks, à medida que procuram apresentar o partido rival como representante do extremismo.

"Não há lugar nos Estados Unidos para esse tipo de violência", disse Biden na Casa Branca. "Peço a todos que, por favor, não façam suposições sobre seus motivos ou afiliações."

Trump e Biden estão empatados em uma disputa eleitoral acirrada, de acordo com a maioria das pesquisas de opinião, incluindo as da Reuters/Ipsos.

O atentado sacudiu a discussão em torno da campanha presidencial, que recentemente se concentrou em saber se Biden, de 81 anos, deveria desistir após um desempenho desastroso no debate de junho.

A campanha de Biden vinha tentando redefinir sua mensagem, retratando Trump como um perigo para a democracia por suas contínuas alegações falsas sobre fraude eleitoral. Porém, no sábado, informou que estava suspendendo a publicidade política por enquanto.

Agentes do Serviço Secreto mataram Thomas Matthew Crooks depois que ele abriu fogo do telhado de um prédio a cerca de 140 metros do palanque onde Trump discursava. O rifle semiautomático estilo AR-15 usado foi recuperado perto de seu corpo, segundo fontes.

A arma de fogo foi comprada legalmente pelo pai de Crooks, relataram a ABC e o Wall Street Journal, citando fontes. Segundo a Associated Press, no carro do suspeito foram encontrados materiais para a fabricação de bombas.

Uma pessoa que participava do comício morreu e outras duas ficaram gravemente feridas.

Em comunicado, o Serviço Secreto negou as acusações de alguns apoiadores de Trump de que teria rejeitado pedidos de campanha por segurança adicional.

"A afirmação de que um membro da equipe de segurança do ex-presidente solicitou recursos de segurança adicionais e que o Serviço Secreto dos Estados Unidos ou o Departamento de Segurança Interna rejeitaram é absolutamente falsa", disse o porta-voz do Serviço Secreto, Anthony Guglielmi, no comunicado. "Na verdade, recentemente o Serviço Secreto dos EUA adicionou recursos e capacidades de proteção à equipe de segurança do ex-presidente."

CÂMARA INVESTIGA FALHA DE SEGURANÇA

Os norte-americanos temem o aumento da violência política, segundo pesquisas recentes da Reuters/Ipsos, sendo que dois em cada três entrevistados em uma pesquisa de maio disseram que temiam que a violência poderia se seguir à eleição.

Apoiadores de Trump invadiram o Capitólio dos EUA em 6 de janeiro de 2021, em uma tentativa de reverter sua derrota eleitoral, alimentada por suas falsas alegações de que sua derrota foi resultado de fraude generalizada. Cerca de 140 policiais ficaram feridos na violência, quatro participantes do motim morreram naquele dia, um policial que reagiu morreu no dia seguinte e quatro policiais que reagiram morreram posteriormente por suicídio.

Os tiros no sábado parecem ter vindo de fora da área protegida pelo Serviço Secreto, de acordo com a agência.

Horas depois do ataque, o Comitê de Supervisão da Câmara dos Deputados dos EUA, liderada pelos republicanos, convocou a diretora do Serviço Secreto, Kimberly Cheatle, para testemunhar em uma audiência marcada para 22 de julho.

Os principais republicanos e democratas condenaram rapidamente a violência, tal como líderes estrangeiros.

Alguns dos aliados republicanos de Trump acreditam que o ataque teve motivação política.

"Por semanas, líderes democratas alimentaram uma histeria ridícula de que a reeleição de Donald Trump seria o fim da democracia na América", disse o deputado Steve Scalise, o segundo republicano na Câmara.

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