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Trump toma posse  Foto: Chip Somodevilla / Reuters

Trump toma posse como 47º presidente dos EUA

Republicano fez o juramento para o cargo no Capitólio, sede do poder Legislativo norte-americano

Imagem: Chip Somodevilla / Reuters
  • Davi Valadares Davi Valadares
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20 jan 2025 - 14h03
(atualizado às 17h59)

Donald Trump, de 78 anos, tomou posse nesta segunda-feira, 20, como o 47º presidente dos Estados Unidos, sucedendo ao democrata Joe Biden. A celebração do início do mandato do republicano levou centenas de apoiadores, políticos, embaixadores, líderes estrangeiros, celebridades e empresários norte-americanos ao Capitólio, sede do poder Legislativo, em Washington, DC.

Ao lado do vice-presidente eleito, JD Vance, Trump fez o juramento para o cargo perante o chefe da Suprema Corte, John Roberts, ao meio-dia (horário de Washington, D.C., 14h em Brasília). Após a posse, o presidente fez seu discurso inaugural, demonstrando sua visão para o futuro do país. A fala do presidente foi feita no mesmo tom que marcou sua campanha eleitoral.

Na presença de quatro de seus antecessores --Joe Biden, Barack Obama, George W. Bush e Bill Clinton--, Trump disse que a era de ouro dos Estados Unidos começa agora.

"A partir deste dia nosso país florescerá e será respeitado por todo mundo. Seremos invejados por todo mundo e não permitiremos que ninguém se aproveite da gente", disse Trump.

O republicano também falou em restauração da América. “Colocarei a América em primeiro lugar. Nossa soberania será recuperada, nossa segurança, as balanças da justiça equilibrada. Nossa maior prioridade é criar uma nação orgulhosa, próspera e livre. A América em breve será maior, mais forte. Eu retorno com confiança e otimismo que estamos no início de uma era de muito sucesso nacional.”

Veja outros destaques da fala de Trump:

  • Diz que irá endurecer o cerco contra os imigrantes; 
  • Promete fazer uma restauração da América;
  • Promete eliminar os cartéis liderados por organizações terroristas;
  • Promete fazer dos Estados Unidos um país industrial;
  • Promete que irá diminuir tarifas e impostos;
  • Afirma que vai combater a inflação no país;
  • Promete pôr fim à censura governamental.

Mudança no local da posse 

A posse e o discurso de posse de Trump ocorreram na Rotunda do Capitólio, ou seja, do lado de dentro do prédio. A cerimônia aconteceu em um local fechado para proteger os apoiadores do republicano do frio, já que os termômetros na capital norte-americana indicavam -4º C no momento do evento. A previsão era -13º C como mínima nesta segunda-feira.

Com a cerimônia de posse finalizada, o presidente participa de um tradicional almoço no Capitólio com líderes do Congresso. Depois, ao lado da primeira-dama, Melania Trump, seguirá pela Pennsylvania Avenue em um desfile até a Casa Branca, acompanhado por regimentos militares, bandas marciais escolares, carros alegóricos e grupos de cidadãos. 

Como será relação de Trump e Lula?

Com a posse de Trump, a relação do Brasil com os EUA deve esfriar, na opinião de Leonardo Paz, professor de Relações Internacionais do Ibmec-RJ. Ele lembra que o Brasil, atualmente, é governado por uma administração de centro-esquerda, o que não é bem-visto pelo presidente norte-americano.

Além disso, o Brasil tem laços econômicos significativos com a China e é um grande exportador de imigrantes para os EUA. 

“Diante desse cenário, é provável que a relação entre os dois países permaneça fria nos próximos dois anos. Não se espera uma grande interação em questões globais, como mudança climática ou combate à fome. O foco do presidente pode estar mais voltado para outras questões regionais como Venezuela e Cuba, enquanto o Brasil pode acabar sendo negligenciado nesse processo”, argumenta Paz.

Denilde Holzhacker, professora de Relações Internacionais da ESPM, diz acreditar que Brasil e Estados Unidos terão um relacionamento mais no nível técnico do que político, em função das divergências e visões muito distintas de Trump e do presidente Lula. No resto do mundo, se imagina também que esse vai ser o tom da política do magnata norte-americano. 

“Para o Brasil, é ruim a saída e a diminuição do papel americano nas questões de mudanças climáticas em um ano em que o Brasil vai ter a COP 30 [Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2025]. A participação americana seria importante para reforçar o avanço e uma situação de maior envolvimento dos países nessa agenda”, conclui a professora.

Fonte: Redação Terra
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