Trump vê desacato em atuação de promotor especial no caso sobre eleições
Os advogados de Donald Trump pediram nesta quinta-feira que a Justiça considere que o promotor especial Jack Smith desacatou um tribunal, acusando seu gabinete de ter violado uma ordem para paralisar as atividades do seu processo contra o ex-presidente por ter tentado reverter a sua derrota na eleição de 2020.
A equipe legal de Trump disse que Smith e os promotores estão trabalhando no caso descumpriram uma ordem da juíza distrital Tanya Chutkan ao continuarem a entregar provas à defesa e apresentando uma moção legal, de acordo com documentos enviados ao tribunal.
No mês passado, Chutkan interrompeu todas as atividades que levassem o caso na direção do julgamento ou impusessem "fardo de litígio" sobre Trump, enquanto ele recorre de uma decisão anterior de que não tem imunidade das acusações.
Os advogados de Trump acusaram os promotores de fazerem alegações "partidárias" em um documento judicial sabendo que a equipe de Trump não responderia enquanto o caso estivesse paralisado. O documento, publicado mês passado, procura impedir Trump, candidato à nomeação republicana à eleição presidencial, de argumentar durante o julgamento que o caso tem motivação política.
Um porta-voz de Smith não quis comentar. Os promotores afirmaram em documentos judiciais que continuaram cumprindo prazos estabelecidos anteriormente para "ajudar a garantir que o julgamento prossiga prontamente", se a apelação de Trump for rejeitada.
Os advogados de Trump e Smith, que supervisiona a acusação, discutiram repetidamente sobre o momento do julgamento, que está atualmente agendado para começar em março.
Trump se declarou inocente das acusações de que ele liderou uma série de esquemas para bloquear a certificação dos resultados da eleição, após sua derrota para o democrata Joe Biden em 2020.
Uma corte federal de apelações deve ouvir os argumentos sobre a reivindicação de imunidade de Trump na terça-feira.