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Trump visita Porto Rico e elogia resposta ao furacão Maria

3 out 2017 - 20h10
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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, visitou Porto Rico nesta terça-feira com a missão de garantir aos moradores em dificuldades que está comprometido com a recuperação da ilha após um furacão devastador que testou sua capacidade para administrar desastres naturais.

Trump caminha em aérea afetada por furacão Maria em Porto Rico
 3/10/2017     REUTERS/Jonathan Ernst
Trump caminha em aérea afetada por furacão Maria em Porto Rico 3/10/2017 REUTERS/Jonathan Ernst
Foto: Reuters

Trump, que teve que lidar com os furacões Harvey, Irma e Maria nas últimas seis semanas, elogiou a assistência federal prestada até agora a Porto Rico, mas disse que os desastres estão sobrecarregando o orçamento dos EUA.

    "Odeio dizer isso a vocês, Porto Rico, mas vocês bagunçaram um pouco nosso orçamento porque gastamos muito dinheiro em Porto Rico", afirmou. "E está ótimo, salvamos muitas vidas".

A Moody's estimou nesta terça-feira o custo total do furacão Maria para Porto Rico, incluindo perda de produção, de 45 bilhões a 95 bilhões dólares, e um alívio significativo do governo federal será necessário.

Trump comparou favoravelmente a resposta federal ao Maria com uma "verdadeira catástrofe como a Katrina", a tempestade de 2005 que inundou Louisiana e Mississippi e matou mais de 1.800.

Uma das primeiras pessoas que Trump encontrou quando ele e sua mulher, Melania, pousaram em San Juan foi a prefeita da cidade, Carmen Yulín Cruz, que criticou o presidente diversas vezes dizendo que ele não se mostrou suficientemente preocupado com o sofrimento do território norte-americano.

A viagem deu a Trump a chance de expressar solidariedade aos sobreviventes, que ainda lutam para prover suas necessidades básicas, e demonstrar como seu governo pretende ajudá-los a se recuperar da passagem do Maria, o pior furacão em 90 anos.

    Alguns dias antes Trump atacou Cruz no Twitter por sua "falta de liderança" no final de semana posterior àquele no qual ela mesma criticou a reação de seu governo. Ele citou "ingratos com motivações políticas" e disse que algumas pessoas da ilha "querem que se faça tudo por elas".

    Trump trocou um aperto de mãos com Cruz ao chegar, mas guardou seus elogios calorosos para outras autoridades locais e federais.

"Desde o início este governador não fez política", disse ele a respeito do governador portorriquenho, Ricardo Rossello.

A comitiva de Trump passou diante de árvores sem folhas, outdoors sem propaganda e uma ou outra casa sem telhado - e nem todos ficaram contentes de vê-lo.

    "Você é um homem mau", disse um cartaz erguido por uma mulher na beira do caminho.

Trump e Melania encontraram sobreviventes do desastre na cidade próxima de Guaynabo, andando pela rua e conversando com várias famílias cujos lares sofreram danos. As calçadas estavam repletas de destroços.

    Antes de partir de Washington na manhã desta terça-feira, Trump disse a repórteres que as ruas estão sendo liberadas e que as tecnologias de comunicação estão voltando a funcionar na ilha.

A economia de Porto Rico, lar de 3,4 milhões de habitantes, já estava em recessão e seu governo pediu falência em maio. A tempestade arrasou a rede elétrica do território, e menos da metade dos moradores têm água corrente.

    O governo Trump transferiu mais de 20,5 milhões de dólares de fundos federais para Porto Rico custear os gastos causados pelo desastre, informou a Agência Federal de Gestão de Emergências dos EUA (Fema, na sigla em inglês) em seu site.

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