TSE desiste de enviar técnicos para acompanhar eleições na Venezuela após ataques de Maduro
Durante comício na terça-feira, 23, Maduro disse, sem provas, que os boletins de urna no Brasil não são auditáveis
A ministra Cármen Lúcia, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), afirmou em nota que a Corte não irá mais enviar técnicos do tribunal para acompanhar as eleições da Venezuela, marcadas para o próximo domingo, 28. Durante comício na terça-feira, 23, Maduro disse, sem provas, que os boletins de urna no Brasil não são auditáveis.
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"Em face de falsas declarações contra as urnas eletrônicas brasileiras, que, ao contrário do que afirmado por autoridades venezuelanas, são auditáveis e seguras, o Tribunal Superior Eleitoral não enviará técnicos para atender convite feito pela Comissão Nacional Eleitoral daquele país para acompanhar o pleito do próximo domingo", diz a nota.
A nota ainda afirma que a Justiça Eleitoral brasileira não admite que, interna ou externamente, por declarações ou atos desrespeitosos à lisura do processo eleitoral brasileiro, se desqualifiquem com mentiras a seriedade e a integridade das eleições e das urnas eletrônicas no Brasil.
Também reiterou que é falsa a informação de que as urnas eletrônicas brasileiras não sejam auditadas. "São auditáveis e auditadas permanentemente, são seguras, como se mostra historicamente. Nunca se conseguiu demonstrar qualquer equívoco ou instabilidade em seu funcionamento".
Maduro tem se voltado contra o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, seu antigo aliado, após o petista criticar a condução do processo eleitoral venezuelano. No começo da semana, o presidente brasileiro se disse assustado com a declaração de Maduro sobre um possível "banho de sangue" caso o chavismo perca as eleições. O ditador respondeu então que o petista deveria tomar um chá de camomila.