'Tudo está queimando': o que se sabe sobre o incêndio que consumiu a catedral de Notre-Dame, em Paris
Ainda não há confirmação sobre as causas do acidente, mas a polícia de Paris afirmou que ele começou acidentalmente
Observados de longe por milhares de turistas e parisiences chocados, os bombeiros de Paris tentam conter o violento incêndio que atinge a catedral de Notre-Dame em Paris desde as 13h50 da tarde (horário local) desta terça-feira.
"Tudo está queimando", disse o porta-voz da catedral, André Finot , à agência de notícias France-Presse. "A estrutura da cúpula, que em parte é do século 19 e em parte do século 13... Não vai sobrar nada dela."
Centenas de bombeiros tentam controlar as chamas, que rapidamente tomaram conta da cúpula da igreja e destruíram a agulha de uma das torres - a agulha em espiral desabou algumas horas após o início do incêndio.
O fogo já chegou às torres da frente, que contêm os sinos; e a fumaça gerada pelo incêndio se espalhou pela capital francesa.
Estrutura em restauração
Ainda não há confirmação sobre as causas do acidente, mas a polícia de Paris afirmou que o fogo pode estar ligado aos trabalhos de restauração da catedral.
O prédio estava sendo restaurado desde o ano passado, quando a Igreja Católica da França fez um apelo por financiamento para salvar a estrutura, que estava com diversos problemas.
Com mais de 850 anos, a igreja de estilo gótico é o monumento histórico mais visitado da Europa, segundo o jornal francês Le Monde.
Os bombeiros bloquearam um perímetro de segurança ao redor do local e os prédios em volta foram evacuados. Até o momento, as autoridades francesas não registraram nenhuma morte ou ferimento causado pelo fogo.
Fora do perímetro de segurança, milhares de pessoas observavam a tragédia. Algumas choravam, outras cantavam hinos e muitas filmavam o desastre com seus celulares.
O serviços de emergência também tentavam salvar obras de arte e outros itens de dentro do prédio.
"Há muitas obras de arte lá dentro. É uma verdadeira tragédia", disse a prefeita de Paris, Anne Hidalgo.
O presidente francês, Emmanuel Macron, foi visitar o local no início da noite. No Twitter, ele disse que pensava "na dor de toda uma nação" e que seus pensamentos estavam com todos os católicos e franceses. "Assim como todos os meus compatriotas, estou triste essa noite de ver essa parte de nós queimar".