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Turquia investiga Charlie Hebdo por charge de Erdogan

Caricatura do presidente estampa nova edição da publicação

28 out 2020 - 08h08
(atualizado às 09h14)
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O Ministério Público de Ancara abriu uma investigação contra o periódico satírico francês Charlie Hebdo por conta da caricatura do presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, que estampa sua edição desta semana.

Caricatura de Erdogan na capa do Charlie Hebdo
Caricatura de Erdogan na capa do Charlie Hebdo
Foto: Reprodução / Ansa - Brasil

Com a manchete "Erdogan, em privado, é muito divertido", a charge retrata o mandatário de camiseta e cueca no sofá enquanto levanta o véu islâmico de uma mulher que carrega uma bandeja com duas taças de vinho. "Ouuuuh! O profeta!", diz o líder turco na caricatura.

Antes da abertura da investigação, a Presidência da Turquia havia dito que tomaria as "ações jurídicas e diplomáticas necessárias" contra o Charlie Hebdo, publicação que já foi alvo do terrorismo jihadista por conta de charges satirizando o profeta Maomé.

"Condenamos com grande firmeza a última edição da publicação francesa, que não tem respeito por qualquer credo", disse no Twitter o porta-voz de Erdogan. "O objetivo dessas publicações sem moral e decência é semear ódio e hostilidade", acrescentou.

Islã x França

Nos últimos dias, diversos países islâmicos, como Turquia, Irã, Paquistão e Bangladesh, protestaram contra o presidente da França, Emmanuel Macron, por seu discurso em defesa da publicação de charges e da liberdade de expressão.

O pronunciamento ocorreu em função do homicídio do professor francês Samuel Paty, morto por um jihadista após ter exibido as caricaturas de Maomé em sala de aula.

O Charlie Hebdo voltou ao centro das atenções no começo de setembro, com o início do julgamento de 14 réus acusados de envolvimento nos atentados contra sua redação e um mercado kosher em Paris, em janeiro de 2015.

Os ataques foram cometidos, respectivamente, pelos irmãos Said e Chérif Kouachi e por Amédy Coulibaly, deixando um total de 17 mortos, além dos três terroristas. Os réus são acusados de dar apoio logístico aos jihadistas.

Para marcar o início do julgamento, o Charlie Hebdo republicou as charges do profeta Maomé que o colocaram na mira do terrorismo, levantando novos protestos no mundo islâmico. 

Ansa - Brasil
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