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Ucrânia alerta para 'última chance' de fugir do Donbass

Rússia pretende reforçar operações no leste ucraniano

7 abr 2022 - 12h10
(atualizado às 12h31)
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Autoridades da Ucrânia alertaram nesta quinta-feira (7) que os moradores do leste do país, palco de um conflito com separatistas pró-Rússia desde 2014, têm sua "última chance" de fugir para áreas seguras.

Blindado russo na região de Lugansk, leste da Ucrânia
Blindado russo na região de Lugansk, leste da Ucrânia
Foto: EPA / Ansa - Brasil

Cerca de 40 dias após ter invadido a Ucrânia, as tropas russas se retiraram dos arredores de Kiev e agora estão se reorganizando para ampliar as operações militares no chamado Donbass, onde ficam os territórios separatistas de Donetsk e Lugansk.

"Esses próximos dias podem ser a última chance para fugir. Não esperem para evacuar, o inimigo está tentando cortar todas as possíveis vias de saída para as pessoas", alertou o governador de Lugansk, Sergey Gaiday, em uma mensagem no Facebook.

Segundo ele, todas as cidades da região estão sob fogo da Rússia e dos rebeldes pró-Moscou. A retirada dos invasores dos arredores de Kiev revelou cenas de carnificina em locais como Borodyanka, Bucha, Gostomel e Irpin, mas as autoridades ucranianas temem um cenário ainda pior no Donbass, cuja soberania é defendida pelo Kremlin.

A cidade mais afetada pela guerra no leste da Ucrânia é Mariupol, às margens do Mar de Azov e pertencente à região de Donetsk. De acordo com o prefeito Vadim Boichenko, 90% do município foi destruído pelos bombardeios, sendo que 40% está "irrecuperável". Mariupol também contabiliza mais de 5 mil civis mortos, incluindo 210 crianças.

Amplas áreas de Donetsk e Lugansk já estão sob domínio de rebeldes desde 2014, mas a Rússia mira conquistar o Donbass inteiro. "Infelizmente, a guerra pelo Donbass vai lembrar a Segunda Guerra Mundial. Milhares de tanques, aviões, artilharia.

Ajudem-nos agora ou será tarde demais", alertou nesta quinta o ministro ucraniano das Relações Exteriores, Dmytro Kuleba, após participar de uma reunião da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) em Bruxelas.

Ansa - Brasil
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