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Ucrânia diz que ainda está avançando na região de Kursk, na Rússia

13 ago 2024 - 15h58
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A Ucrânia disse nesta terça-feira que seu maior ataque transfronteiriço da guerra até o momento assumiu o controle de 74 vilarejos na região russa de Kursk e ainda estava avançando, ganhando de um a três quilômetros nas últimas 24 horas.

Militares ucranianos pilotam um veículo blindado de transporte de pessoal perto da fronteira russa na região de Sumy
12/08/2024
REUTERS/Viacheslav Ratynskyi
Militares ucranianos pilotam um veículo blindado de transporte de pessoal perto da fronteira russa na região de Sumy 12/08/2024 REUTERS/Viacheslav Ratynskyi
Foto: Reuters

A Ucrânia surpreendeu Moscou ao enviar milhares de soldados para a região de Kursk, no oeste da Rússia, na semana passada, uma operação surpresa que proporcionou à Ucrânia seus maiores ganhos no campo de batalha desde 2022, depois de meses em desvantagem.

O presidente Volodymyr Zelenskiy disse que a operação capturou vários prisioneiros de guerra russos que poderiam ser trocados por combatentes ucranianos detidos, destacando o que ele descreveu como um "fundo de troca" cada vez maior.

"Apesar de batalhas difíceis e intensas, nossas forças continuam avançando na região de Kursk, e o 'fundo de troca' do nosso Estado está crescendo. Setenta e quatro vilarejos estão sob controle ucraniano", disse Zelenskiy.

"Os preparativos para nossos próximos passos continuam", acrescentou, sem entrar em detalhes.

Kiev deliberadamente deu poucos detalhes de sua operação, em contraste com a contraofensiva do ano passado, que foi sinalizada com meses de antecedência e naufragou em linhas defensivas bem preparadas da Rússia.

Kiev alegou ter obtido novos ganhos depois do major-general russo, Apti Alaudinov, dizer que as tropas ucranianas haviam sido contidas. O ministério da Defesa russo disse que repeliu ataques em vilarejos a cerca de 26-28 km da fronteira.

A Reuters não conseguiu verificar de forma independente a situação no campo de batalha.

Uma semana após o início da ofensiva, o governador regional de Kursk, Alexei Smirnov, pediu aos moradores que demonstrassem paciência e caráter.

"Vou ser direto: a crise ainda não foi superada", escreveu nas redes sociais.

O presidente russo, Vladimir Putin, prometeu revidar à Ucrânia com uma "resposta à altura" e acusou os "mestres ocidentais" de Kiev de darem ajuda às forças ucranianas.

O governo norte-americano, um aliado chave da Ucrânia, pareceu tentar se distanciar da incursão, com o Departamento de Estado dos EUA dizendo que não está envolvido em nenhum aspecto do planejamento ou da preparação da operação.

SEM TRÉGUA POR ENQUANTO

As forças russas vêm tentando avançar há meses em várias frentes na região de Donetsk, aproveitando seu maior número para se mover constantemente na direção de cidades como o centro logístico de Pokrovsk, controlado por Kiev.

Por enquanto, não há sinal de trégua para a Ucrânia no leste, onde o Exército ucraniano havia dito que registrara o maior número de batalhas com as forças russas na frente de Pokrovsk em um único dia desde antes da incursão de Kursk.

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