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Ucrânia diz que avanço cada vez maior na Rússia cria zona de segurança

14 ago 2024 - 15h46
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As forças da Ucrânia avançaram ainda mais na região russa de Kursk nesta quarta-feira, e Kiev disse que o território servirá como uma zona de segurança para proteger suas áreas de fronteira de ataques russos.

Prédio de apartamentos atingido por destroços de míssil ucraniano, em Kursk, segundo autoridades locais
11/08/2024
Prefeito de Kursk via Telegram/Divulgação via REUTERS
Prédio de apartamentos atingido por destroços de míssil ucraniano, em Kursk, segundo autoridades locais 11/08/2024 Prefeito de Kursk via Telegram/Divulgação via REUTERS
Foto: Reuters

O avanço ucraniano em território russo na semana passada pegou a Rússia de surpresa e, pelo menos por enquanto, mudou o clima de uma guerra, na qual as forças russas, que iniciaram uma invasão em grande escala da Ucrânia em 2022, vinham obtendo ganhos constantes durante todo o ano.

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy, reuniu-se com autoridades de alto escalão para discutir a situação humanitária e o possível estabelecimento de administrações militares em uma área ocupada que, segundo a Ucrânia, ultrapassa 1.000 km².

"Continuamos a avançar mais na região de Kursk", escreveu Zelenskiy no Telegram, "de um a dois quilômetros em várias áreas desde o início do dia. E mais de 100 prisioneiros de guerra russos no mesmo período".

O ministro do Interior, Ihor Klymenko, disse que a criação de uma "zona tampão" tem "o objetivo de proteger nossas comunidades fronteiriças de ataques inimigos diários".

A Rússia tem bombardeado a Ucrânia com ataques lançados de territórios fronteiriços adjacentes, inclusive da região de Kursk.

A Ucrânia se queixa de estar sendo prejudicada em sua defesa contra esses ataques pela necessidade de respeitar a contrição dos países ocidentais em usar suas armas contra o interior da Rússia, e não contra suas forças na Ucrânia ocupada.

A tomada de uma fatia da região de Kursk -- que a Rússia considera ser menos da metade da área reivindicada pela Ucrânia -- ajudará nessa causa.

O presidente russo, Vladimir Putin, prometeu expulsar as tropas ucranianas, que, segundo ele, têm como objetivo dar a Kiev uma posição mais forte em possíveis futuras negociações de cessar-fogo, com o apoio do Ocidente. No entanto, após mais de uma semana de intensas batalhas até agora, elas ainda não foram expulsas.

"A situação continua difícil", disse Yuri Podolyaka, um influente blogueiro militar pró-russo nascido na Ucrânia.

"O inimigo ainda tem a iniciativa e, portanto, embora lentamente, está aumentando sua presença na região de Kursk."

O governo russo disse que 117 drones ucranianos foram derrubados sobre a Rússia durante a noite, principalmente nas regiões de Kursk, Voronezh, Belgorod e Nizhny Novgorod. Disse que mísseis também foram derrubados e mostrou bombardeiros Sukhoi Su-34 atacando o que disse serem posições ucranianas na região de Kursk.

Mais tarde, o Ministério da Defesa afirmou que as forças russas haviam repelido uma série de ataques ucranianos na região de Kursk, inclusive em Russkoye Porechnoye, a 18 km da fronteira, e alguns blogueiros de guerra pró-russos disseram que o fronte havia sido estabilizado.

Segundo a emissora de televisão estatal, as forças de Moscou estavam mudando a maré, mostrando imagens de ataques a posições ucranianas e retiradas de civis russos.

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