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Ucrânia não vai atacar alvos na Rússia, diz Zelensky

Presidente da Ucrânia diz na Alemanha que Kiev está se preparando para libertar suas regiões tomadas pela Rússia.

14 mai 2023 - 11h45
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Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, encontrou-se com o chanceler alemão, Olaf Scholz, em Berlim
Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, encontrou-se com o chanceler alemão, Olaf Scholz, em Berlim
Foto: EFE / BBC News Brasil

A Ucrânia não tem planos de atacar alvos na Rússia, mas somente contra-atacar para recuperar territórios ocupados pelos russos, disse neste domingo (14/5) o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.

"Não estamos atacando o território russo", disse ele após um encontro em Berlim com o chanceler alemão, Olaf Scholz.

"Estamos preparando um contra-ataque para desocupar os territórios conquistados ilegitimamente", acrescentou.

Scholz prometeu apoiar a Ucrânia "pelo tempo que for necessário", garantindo ao país 2,7 bilhões euros (R$ 14,5 bilhões) em armas.

Isso inclui tanques Leopard alemães avançados e mais sistemas antiaéreos para defender a Ucrânia de ataques quase diários de mísseis e drones russos.

Zelensky descreveu a ajuda alemã como "a maior desde o início da agressão em grande escala" pela Rússia em fevereiro de 2022.

A Alemanha mudou sua posição quanto à Ucrânia desde que o conflito começou. Inicialmente, havia relutado em fornecer equipamentos militares ao país. Agora, praticamente dobrou sua contribuição da noite para o dia, diz a correspondente da BBC em Berlim, Jenny Hill.

A Rússia acusa a Ucrânia de atingir repetidamente alvos dentro do território russo, incluindo um ataque de drone contra o Kremlin em Moscou no início deste mês.

A Ucrânia nega as acusações, ao mesmo tempo em que enfatiza que tem o direito legítimo de usar a força e outros meios para desocupar totalmente seus territórios atualmente sob controle russo. Isso inclui quatro regiões no sul e no leste, bem como a península da Crimeia, anexada por Moscou em 2014.

Na tarde deste domingo, Zelensky viajará para a cidade ocidental de Aachen para receber o prestigioso Prêmio Carlos Magno — uma honra concedida pelos esforços para promover a unidade europeia.

Os vencedores anteriores incluem o ex-premiê britânico Winston Churchill, o papa Francisco e o ex-presidente dos Estados Unidos Bill Clinton.

Em outros desdobramentos deste domingo:

  • A força aérea da Ucrânia diz que destruiu 25 drones e três mísseis de cruzeiro lançados pela Rússia em mais um ataque de grandes proporções durante a noite
  • Seis pessoas morreram e outras 16 ficaram feridas nas últimas 24 horas em bombardeios russos em áreas controladas pela Ucrânia na região leste de Donetsk, disseram autoridades locais.
  • Uma pessoa foi morta no ataque de artilharia russa de domingo na região sul de Kherson.
  • A internet móvel está temporariamente suspensa nas áreas ocupadas pela Rússia na região oriental de Luhansk devido ao aumento dos bombardeios das tropas ucranianas, disseram autoridades russas

Zelensky voou da Itália para a Alemanha durante a noite, seu avião escoltado por dois caças da Força Aérea Alemã.

Em Roma, o presidente ucraniano se encontrou com o presidente italiano, Sergio Mattarella, e a primeira-ministra, Giorgia Meloni. Ele também teve uma audiência privada com o papa Francisco no Vaticano.

O pontífice disse que está constantemente orando pela paz na Ucrânia.

Francisco também destacou a necessidade urgente de ajudar "as pessoas mais frágeis, vítimas inocentes" da invasão russa.

Enquanto isso, Meloni garantiu a Zelensky o apoio de Roma à Ucrânia unida.

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