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UE fecha acordo político sobre investimentos com a China

Foram 7 anos de negociações entre Pequim e o bloco

30 dez 2020 - 11h05
(atualizado às 11h23)
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A União Europeia e a China concluíram nesta quarta-feira (30) um acordo político sobre investimentos, anunciou o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel. Foram sete anos de negociação até a finalização do documento.

União Europeia e China conseguiram chegar a um acordo sobre investimentos
União Europeia e China conseguiram chegar a um acordo sobre investimentos
Foto: EPA / Ansa - Brasil

"Esse acordo é de grande significado econômico e também vincula as partes a uma relação de investimento pautada nos princípios do desenvolvimento sustentável. Uma vez efetiva, o CAI [Acordo Abrangente de Investimento] ajudará a reequilibrar as relações comerciais e de investimento entre a UE e a China", diz o comunicado oficial do bloco.

Segundo o documento, Pequim se comprometeu a permitir "um acesso sem precedentes ao seu mercado" para investidores europeus e a dar um cenário de "certezas e previsibilidade" para as operações.

"O Acordo irá aumentar significativamente o 'level playing field' para os investidores da UE por deixar claras as obrigações das empresas estatais chinesas, proibindo a transferência forçada de tecnologia e outras práticas distorcidas, ampliando a transparência nos subsídios", pontua ainda.

Conforme a União Europeia, o acordo ainda determina o respeito às questões climáticas do Acordo de Paris sobre o Clima, que ambos os lados são signatários, e o respeito às questões dos direitos humanos, com a China tendo que aplicar e ratificar as convenções da Organização Internacional do Trabalho (ILO).

Por sua vez, o presidente da China, Xi Jinping, afirmou que duas das "maiores potências, civilizações e mercados" do mundo "vão se unir para começar a dar andamento a um novo início em 2021".

De acordo com a repercussão da mídia chinesa, Xi afirmou que o entendimento desta quarta "demonstra a determinação e a confiança da China para se abrir em um nível elevado, fornecendo um amplo acesso ao mercado, um melhor contexto para empreender, maiores garantias institucionais e melhores perspectivas de cooperação bilateral".

Ao longo dos sete anos, as negociações tiveram altos e baixos, especialmente, porque os europeus exigiam condições justas de mercado e o respeito aos direitos humanos na China. Por outro lado, o acordo também é uma grande vitória do governo de Pequim em um momento de intensa briga internacional com os Estados Unidos. .

Ansa - Brasil
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